Justiça
Desembargador do TJ-SP acusa terceiros de tentar vendê-lo, alegando corrupção

Desembargador Ivo de Almeida negou venda de decisões, influência no gabinete e fraude na prestação de serviços.
O desembargador Ivo de Almeida, investigado por venda de decisões, negou ter praticado irregularidades em entrevista ao Estadão. Ele afirmou que foi ‘vendido’ por terceiros e não há provas de que ele tenha recebido dinheiro em troca de seus julgamentos.
Além disso, a venda de decisões no Brasil é um problema antigo e complexo que envolve muitos atores. A corrupção judicial é um dos principais obstáculos para a justiça e a credibilidade da instituição. Os juízes corrompidos podem ser ‘vendidos’ a grupos de poder ou interesses especiais, comprometendo assim a imparcialidade do processo. É hora de desvendar as verdadeiras intenções por trás de cada decisão.
Desembargador Ivo de Almeida é afastado do TJ-SP por suspeita de venda de decisões
O Desembargador Ivo de Almeida foi afastado do cargo no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) devido às investigações sobre a venda de sentenças no TJ-SP. As investigações revelaram que Ivo de Almeida teria usado sua influência no gabinete para favorecer amigos e advogados com decisões judiciais. Isso inclui a venda de decisões para terceiros, o que é uma prática ilegal e corrupta.
Acusação de venda de decisões judiciais
A Polícia Federal (PF) autorizou uma investigação sobre a venda de sentenças no TJ-SP, e Ivo de Almeida foi alvo dessa investigação. Em sua casa, foram encontrados R$ 160 mil em dinheiro vivo guardado em sacos, parte deles na lavanderia. Isso sugere que Ivo de Almeida estava envolvido em uma prática de venda de decisões judiciais.
Influência no gabinete
Ivo de Almeida era um desembargador influente no TJ-SP, e sua influência no gabinete era conhecida. No entanto, as investigações revelaram que essa influência era usada para favorecer amigos e advogados com decisões judiciais. Isso é uma prática ilegal e corrupta que ameaça a credibilidade da Justiça.
Acusação de rachadinha
Além da acusação de venda de decisões judiciais, Ivo de Almeida também foi acusado de rachadinha no gabinete. Isso é explicado por doações de cestas básicas a funcionários do gabinete. A rachadinha é uma prática ilegal em que funcionários públicos recebem benefícios em troca de favores ou decisões.
Resposta de Ivo de Almeida
Ivo de Almeida negou todas as acusações, afirmando que nunca havia vendido decisões judiciais. Ele também afirmou que as investigações tinham como base mensagens encontradas no celular de um guarda civil investigado por fraude na prestação de serviços. No entanto, a PF especulou que a existência de troca de mensagens com Valmi Lacerda, um amigo e ex-presidente da Associação dos Magistrados do TJ-SP, sugeria a existência de venda de decisões.
Consequências da investigação
A investigação da Polícia Federal tem como objetivo verificar se Ivo de Almeida e outros magistrados estavam envolvidos em uma prática de venda de decisões judiciais. A investigação também visa identificar a extensão da corrupção no TJ-SP e tomar medidas para prevenir que isso ocorra no futuro. A credibilidade da Justiça está ameaçada, e a investigação é uma tentativa de restaurar a confiança do público nessa instituição.
Fonte: © Conjur