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Patrulha Maria da Penha combate à violência, amplia atendimentos em 2024 após um ano de descentralização
Com a descentralização, a Polícia Militar registrou aumento no número de mulheres atendidas e redução nas ocorrências de Violência Doméstica, com a aplicação da Lei Maria da Penha, medidas protetivas.
A Patrulha Maria da Penha, criada em 13 de junho de 2003, é parte integrante da Polícia Militar do Piauí. Ela visa prevenir e combater a violência contra a mulher, especialmente na esfera doméstica.
A partir de seu início, a Patrulha Maria da Penha já vinha atuando em alguns batalhões do interior de Piauí. No entanto, em 2013, com a expansão, a equipe passou a ser presente em todos os 2.011 municípios do estado, oferecendo suporte direto às mulheres vítimas de agressão e violência doméstica ou que estejam em situação de abuso físico. Dentre as suas ações, a Patrulha Maria da Penha busca criar um ambiente seguro para as mulheres que foram vítimas de violência, oferecendo, por exemplo, serviços de apoio psicológico e de tratamento de lesões. A equipe também desenvolve atividades comunitárias, buscando conscientizar as pessoas sobre a gravidade da violência doméstica e a importância da prevenção.
Evolução dos Dados de Violência Doméstica no Piauí
Com a descentralização, o programa de violência doméstica no Piauí registrou um aumento significativo no número de mulheres atendidas, reduzindo assim as ocorrências de violência. Estatísticas demonstram que, entre junho e outubro, quase 1.700 mulheres foram visitadas e cerca de 600 medidas protetivas foram atendidas, com 252 vítimas sendo resgatadas e encaminhadas à rede de proteção, e 226 pessoas sendo presas em 886 diligências policiais.
A comandante da Patrulha Maria da Penha, major Leoneide Rocha, destaca que o programa tem se mostrado eficaz no combate à violência contra a mulher, com pontos gerais incluídos no aumento no número de vítimas atendidas e uma significativa redução nas ocorrências de violência doméstica. Além disso, o programa não registrou nenhuma mulher assistida que tenha sido vítima de feminicídio.
A Patrulha Maria da Penha atua no cumprimento da Lei Maria da Penha, monitorando, protegendo e acompanhando mulheres em situação de violência, buscando levar segurança e reduzir a reincidência de agressões. Um exemplo disso é a história de Maria de Sousa, 45 anos, babá e moradora da zona Norte de Teresina, que foi vítima de violência psicológica e patrimonial em um relacionamento de três anos e foi acompanhada pela Patrulha Maria da Penha. Ela relatou que se sentiu mais segura e tranquila após o atendimento, e que o programa a incentivou a ajudar outras mulheres que estão precisando.
Capacitação da Tropa e Combate à Violência Doméstica
O programa acompanhou 1.305 medidas protetivas de urgência em 2024, um aumento de 376% em relação ao ano anterior na capital, quando foram registradas 274 medidas. Além disso, a major Leoneide explica que o objetivo principal é proteger mulheres vítimas de violência doméstica, evitando novos ataques ou represálias por parte dos agressores, e reforçar a presença policial em áreas de risco com patrulhamento preventivo.
A Importância do Procedimento Correto em Situações de Violência Doméstica
A comandante da Patrulha Maria da Penha salienta que a evolução dos dados estatísticos sobre o impacto das Patrulhas Maria da Penha no estado pode variar conforme a localidade. No entanto, é importante destacar que os programas de combate à violência doméstica devem ser eficazes e humanizados, com policiais qualificados e atendimento diferenciado, como é o caso da Patrulha Maria da Penha no Piauí.
Fonte: © A10 Mais