Saúde
Ministério da Saúde fortalece aliança com política climática em encontro interministerial

Ministra Nísia Trindade discute impactos climáticos na saúde pública e ações para mitigar mudanças climáticas em sistemas de saúde.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou do debate sobre as consequências da mudança climática no Brasil, na terceira reunião do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), realizada no Palácio do Planalto, na tarde da última quarta-feira (18). O objetivo era debater a implementação de políticas públicas para mitigar os impactos da mudança climática, em especial, no que diz respeito à saúde pública.
A reunião foi conduzida pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que, de acordo com fontes, enfatizou a importância de se trabalhar em conjunto, sobretudo entre os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, para adotar medidas eficazes em nível nacional, capazes de reduzir os desafios impostos pela mudança climática e proteger a saúde da população. Neste sentido, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a necessidade de se fortalecer a vigilância epidemiológica no país e o reforço do sistema de saúde pública, para que esteja preparado para responder às consequências da mudança climática.
Ação Coordenada
O Ministério da Saúde, em sua luta para abordar a política de mudanças climáticas, reuniu-se com outros ministros e representantes, incluindo Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação. Também estavam presentes Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, e Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas. A discussão girou em torno da implementação de ações eficazes para a Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC) e do aprimoramento do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa. A ratificação da segunda Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil ao Acordo de Paris foi uma das principais pautas, ao lado da apresentação do primeiro Relatório Bienal de Transparência (BTR).
O foco do encontro foi na importância de ações que priorizem os mais vulneráveis, promovam sistemas de saúde resilientes e avancem na construção de um futuro sustentável e equitativo. A ministra Nísia Trindade enfatizou a relação estreita entre saúde e mudanças climáticas, destacando os impactos na saúde pública e as ações do Brasil para mitigar essas consequências. Ela ressaltou que as mudanças climáticas representam um desafio urgente e sem precedentes para a saúde global, afetando desde doenças infecciosas até a saúde mental.
Desafios da Saúde Pública
O Ministério da Saúde reconhece que a saúde humana está intrinsecamente conectada à saúde animal, vegetal e ambiental. Para enfrentar os desafios globais, como a resistência aos antimicrobianos e as doenças zoonóticas, é essencial implementar a abordagem de Uma Só Saúde. Essa abordagem inclui parcerias intersetoriais que investem em pesquisa, vigilância e políticas públicas para proteger a saúde em todas as suas dimensões.
Adaptação do SUS
Entre os projetos apresentados pela ministra, destaca-se o Plano Setorial da Saúde (Adapta SUS), que estabelece metas e estratégias para 2025-2035. O plano inclui ações para fortalecer a vigilância e atenção à saúde, ampliar ações de promoção e educação em saúde e inovar na adaptação do Sistema Único de Saúde (SUS) às mudanças climáticas. Essas iniciativas têm parceria com instituições como a Fiocruz, Anvisa, Conass e Conasems, além das secretarias do Ministério da Saúde.
Impactos das Queimadas e Ações Emergenciais
Com a intensificação das queimadas na região Norte em 2024, o Ministério da Saúde mobilizou a Força Nacional do SUS (FN-SUS) em estados como Tocantins, Rondônia, Acre e Amazonas. Também foi criada a Sala de Situação Nacional de Emergência Climática em Saúde e o Comitê de Respostas a Eventos Extremos na Saúde Indígena (CRESI), que atuaram diretamente no suporte a populações afetadas.
Para enfrentarmos os impactos das mudanças climáticas na saúde, é indispensável mobilizar recursos financeiros de maneira justa e eficaz, especialmente para países em desenvolvimento. Precisamos fortalecer a resiliência dos sistemas de saúde e promover ações climáticas integradas que priorizem os mais vulneráveis.
Fonte: @ Ministério da Saúde