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Justiça

PF apreende R$ 2,7 milhões em casa de juiz suspeito

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A Polícia Federal apreendeu R$ 2,7 milhões em transações imobiliárias de origem não vista, consideradas dinheiro vivo. Foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos das dependências do órgão.

A Polícia Federal realizou uma operação em Mato Grosso do Sul, apreendendo um montante significativo de dinheiro vivo na residência do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso. O valor encontrado é de aproximadamente R$ 2,7 milhões, distribuído em notas de R$ 50, R$ 100, R$ 200 e inclusive dólares.

É importante ressaltar que o desembargador é um dos alvos da operação contra desembargadores suspeitos de venderem sentenças em Mato Grosso do Sul, o que indica uma investigação mais aprofundada sobre possíveis irregularidades relacionadas ao dinheiro. A quantia encontrada é considerável e pode ter sido obtida por meio de atividades ilícitas.

Dinheiro, Transações e Recursos Ocultos: A Operação Ultima Ratio

A Polícia Federal (PF) divulgou uma foto chocante de dinheiro espalhado em uma mesa na residência do desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso, que se aposentou do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em junho de 2024, após 40 anos de serviços à justiça. O magistrado atuou como desembargador do TJMS em Campo Grande desde 1994 e anteriormente como juiz em cidades como Dourados, Aparecida do Taboado e Parnaíba.

O Ministério Público Federal solicitou a prisão de Júlio Roberto, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou a solicitação, limitando-se a quebrar o sigilo fiscal do investigado. De acordo com a denúncia apresentada pela PF, o desembargador realizou ‘transações imobiliárias de grande monta com o emprego de recurso de origem não rastreável’, ou seja, recursos que não transitaram em contas bancárias de titularidade do investigado.

Além dos R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo apreendidos, a PF também encontrou documentos e aparelhos eletrônicos na residência do magistrado. A Operação Ultima Ratio, desencadeada hoje, visa desvendar uma rede de corrupção que envolve crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

O STJ expediu 44 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá, com o apoio de 220 policiais federais e servidores da Receita Federal. A operação é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, realizada em 2021, que apreendeu materiais suspeitos de indicar a prática dos mencionados crimes.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) anunciou que não comentará a operação da PF, pois não teve acesso aos autos e à decisão que motivou a ação. Além de Júlio Roberto, outros cinco desembargadores foram afastados de suas funções pelo STJ, sendo proibidos de acessar as dependências do órgão público e de se comunicar com outros investigados.

Fonte: © Direto News

Olá, sou Felipe Cavalcanti, um redator especializado em cobrir as complexidades do cenário político e econômico. Minha paixão está em analisar os fatos e apresentá-los de forma clara e objetiva para ajudar meus leitores a compreenderem os desdobramentos mais recentes. Gosto de mergulhar em dados e tendências, oferecendo insights sobre o que está por vir e como as decisões políticas podem impactar o nosso futuro. Estou sempre em busca de trazer a notícia com precisão e profundidade.

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