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MPF investiga PRF por conduta em caso de jovem baleada na véspera de Natal
O Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir um procedimento para analisar o comportamento da equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvida no caso da jovem de 26 anos que foi atingida por disparos de arma de fogo na cabeça, na região da Baixada Fluminense, apenas um dia antes do Natal. A jovem foi atingida na cabeça por disparos de arma de fogo e o caso gerou grande impacto e preocupação.
A abordagem realizada pela equipe da PRF foi questionada, destacando-se a necessidade de um procedimento rigoroso para avaliar se o uso da força foi necessário e se foi utilizado de maneira excessiva. Ao considerar a abordagem realizada, o MPF busca garantir que todas as ações tomadas pela equipe da PRF estejam de acordo com as normas e regulamentos, protegendo assim a integridade e os direitos de todos os envolvidos, especialmente os jovens como a jovem de 26 anos. A investigação busca esclarecer os fatos e garantir que a justiça seja feita, especialmente em casos envolvendo menores e adolescentes, que devem ser protegidos por lei.
Tragédia na Baixada Fluminense: Jovem de 15 anos é atingida por disparos durante viagem de Natal
Em uma noite que deveria ser de celebração e união familiar, uma trágica sequência de eventos marcou o destino de uma menor de 15 anos, identificada como Juliana Leite Rangel, que se encontrava em viagem de carro com a família pela BR-040, também conhecida como rodovia Washington Luís, localizada em Duque de Caxias, a cerca de 24 km do Rio de Janeiro. A vítima, jovem e cheia de vida, foi atingida por disparos quando trafegava com a família, o que a deixou em estado gravíssimo.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelou que afastou três policiais que estavam fazendo patrulhamento no trecho em que os disparos ocorreram, e que está aferindo internamente o ocorrido. A investigação do caso é conduzida pela Polícia Federal, que, de acordo com o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira Benones, determinou que a PF envie a informação já apurada sobre o caso. Além disso, a PRF apreendeu as armas dos agentes e realizou uma perícia no local no início da manhã da quarta-feira (25).
Ao longo do dia, policiais rodoviários federais e familiares das vítimas prestaram depoimento. O procurador Benones reiterou, no documento, o afastamento imediato das funções dos policiais envolvidos na ação, além do recolhimento da viatura e das armas dos agentes. Ele enfatizou que o recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance, que estavam em poder dos policiais envolvidos, independentemente de terem sido utilizadas ou não, para realização de perícia.
A Procuradoria-Geral requereu acesso ao procedimento administrativo instaurado pelo controle interno da Superintendência da PRF, com informações detalhadas sobre o caso e a identificação dos agentes envolvidos. Além disso, foi expedido um ofício à Companhia Concessão Rodoviária (Concer), solicitando imagens captadas na noite do dia 24, entre 20h e 22h. O procurador solicitou ainda informações sobre a assistência prestada pela PRF à vítima e a seus familiares. O diretor do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes foi notificado para fornecer os boletins médicos e informações atualizadas sobre o estado de saúde da jovem.
De acordo com o boletim divulgado pela unidade de saúde na noite da quarta-feira, a paciente segue internada no CTI em quadro gravíssimo. Juliana foi atingida por disparos em pleno carro quando trafegava com outros quatro familiares e um cachorro de estimação, todos em direção à ceia de Natal de parentes em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense.
Os disparos, segundo testemunhas que gravaram vídeos do momento, teriam partido da PRF. A traseira do carro foi atingida, e Juliana, que estava sentada no banco traseiro, foi atingida. Um dos vídeos capturou a reação do pai da jovem, Alexandre, momentos após os tiros. Ele se assustou e gritou: ‘Meu Deus do céu, não acredito, [atingiram] minha filha’. A PRF lamentou o episódio e afirmou que prestou assistência à família de Juliana e que vai apurar internamente o caso.
O incidente ocorreu um dia após a oficialização de protocolos de uso da força estipulados por um decreto do Ministério da Justiça, que estabelece que não é legítimo o uso de arma de fogo em duas circunstâncias: contra pessoa menor de idade e contra pessoa que esteja em situação de vulnerabilidade.
Fonte: © Notícias ao Minuto