Justiça
A inigualável falta de igualdade de gênero na OAB: o que acontece quando os mandatos são presididos por mulheres?

Números baixos de mulheres em cargos de liderança na OAB, especialmente em seccionais, em comparação com 2021.
As eleições para a presidência das 27 seccionais da OAB, realizadas em novembro, revelaram um cenário preocupante em relação à representação das mulheres nos cargos de liderança. Apenas seis mulheres foram eleitas, representando 22% das lideranças, enquanto 78% dos presidentes são do sexo masculino.
É preciso reconhecer que a falta de mulheres nas lideranças da OAB é um reflexo de uma cultura profissional que, infelizmente, ainda não valoriza o feminino como um elemento fundamental para a tomada de decisões. A presença de mulheres em cargos de destaque é essencial para garantir a diversidade de perspectivas e contribuições femininas na área jurídica.
Maior representação feminina nas seccionais da OAB
A presença das mulheres nas seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) cresceu, mas ainda há muito a ser feito. De acordo com os dados, 78% das seccionais da OAB serão lideradas por homens, enquanto 22% terão mulheres na presidência. No entanto, há estados onde as mulheres alcançaram feitos inéditos, como na Bahia e em Mato Grosso, onde as presidentes foram reeleitas. Em Pernambuco, Ceará e Espírito Santo, as eleições de mulheres para a presidência marcam um marco importante na história dessas seccionais.
Um passo em frente, mas ainda muito a ser feito
Em 2021, apenas cinco estados elegeram mulheres para a presidência de suas seccionais da OAB. Em 2024, esse número aumentou para six, com duas delas sendo reeleitas. A presidente da OAB/PE, Ingrid Zanella, é uma exemplo de sucesso. Advogada especializada em Direito Marítimo, Portuário, Ambiental e Aduaneiro, Ingrid leciona em várias instituições e ministra especializações em diversos estados.
Exemplos inspiradores de mulheres na advocacia
Daniela Borges, presidente da OAB/BA, é mestra em Direito Tributário pela UFMG e doutora pela UFBA. Com extensa experiência na OAB, Daniela foi conselheira Federal e tesoureira seccional. Christiane Leitão, presidente da OAB/CE, é formada em Direito pela Unifor e atua como professora universitária. Sua trajetória na Ordem inclui cargos de destaque, como Conselheira Estadual e presidente da Comissão da Mulher Advogada.
A importância da representação feminina na advocacia
A presidente da OAB/RJ, Ana Tereza Basílio, é bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro e pós-graduada em Direito Norte-Americano pela Universidade de Wisconsin. Com uma carreira destacada na advocacia e na justiça, Ana Tereza é um exemplo de mulheres que alcançaram sucesso em uma profissão historicamente masculina. A representação feminina na advocacia é essencial para promover a igualdade e a justiça em uma sociedade.
Fonte: © Migalhas