Negócios
Suzano opta por transações menores e menos alavancadas
Novas aquisições seguem critérios de valor e escala. Desalavancagem e redução de custos operacionais são priorizadas, buscando crescimento inorgânico, reduzindo custos e preservando a tendência.
A Suzano, sob o comando do presidente Beto Abreu, buscou reduzir a alavancagem financeira de seus negócios. Esta mudança na estratégia da empresa reflete a busca por estabilidade financeira.
A busca por estabilidade financeira se manifesta na redução da alavancagem financeira e de custos operacionais do negócio. Para alcançar este objetivo, a Suzano e outras empresas podem explorar diferentes movimentos, como otimização de processos e redução de custos, implementação de práticas de gestão de capital eficazes e investimento em tecnologia para suprir as necessidades do negócio. Alguns desses movimentos podem impulsionar o crescimento e permitir a atuação em ambientes de alta competição, enquanto a redução da alavancagem financeira pode ajudar a capitalizar os recursos para investimentos futuros.
Alavancagem: O Caminho da Desalavancagem
A Suzano não está disposta a implementar movimentos significativos de crescimento inorgânico, como a aquisição de uma empresa gigante, envolvendo um cheque volumoso. Em vez disso, a empresa pretende apostar em movimentos que gerem escala e extraiam sinergias, como a compra da Pactiv Evergreen por US$ 110 milhões e da Lenzing por R$ 1,3 bilhão. Esses movimentos permitem que a Suzano desenvolva suas capacidades operacionais e obtenha opções de novas linhas de produtos em até cinco anos.
O CFO da Suzano, Marcos Assumpção, destacou que a alocação de capital será o grande desafio da empresa. Ele enfatizou que as decisões precisam obedecer aos critérios de agregação de valor e pagamento do preço justo. A Suzano também pretende implementar iniciativas para reduzir a alavancagem financeira, que alcançou 3,2 vezes em reais no terceiro trimestre.
A empresa pretende alcançar um patamar de 3 vezes e parte disso vem do fim dos investimentos volumosos para o Projeto Cerrado, uma nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul. Além disso, a Suzano está trabalhando para concluir investimentos anunciados, como a construção da fábrica de papéis higiênicos em Aracruz, no Espírito Santo, que deve custar R$ 650 milhões e ficar pronta no quarto trimestre de 2025.
A ação Suzano acumula alta de 13,6% no ano, levando o valor de mercado a R$ 79,2 bilhões. A empresa busca alocar capital preservando a tendência de desalavancagem e reduzir custos operacionais. A redução da alavancagem é fundamental para a empresa, pois ela perdeu R$ 1,2 bilhão devido à variação cambial nos primeiros nove meses do ano, o que a levou a perder R$ 6,5 bilhões na alavancagem financeira.
A empresa busca capital extrínseco para desalavancar sem comprometer a capacidade de investir. Para isso, a Suzano está explorando opções como a emissão de papéis conversíveis, a venda de participações em projetos de infraestrutura e a exploração de opções de venda de participações nas operações de papel e celulose. A redução da alavancagem permitirá que a empresa se torne mais competitiva em uma indústria intensiva em capital.
Fonte: @ NEO FEED