Implantação da Saúde Indígena Avançada no Rio Grande do Norte

Inspeção confirmou esforços em atendimentos de saúde no estado, com 80 profissionais atuando em saúde indígena, distrito, sanitário especial, ações de atenção à saúde e polos.

O processo de implantação dos serviços de saúde indígena no Rio Grande do Norte avançou mais uma etapa importante, tendo o incentivo da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e agora o cuidado com a saúde dos povos indígenas é prioridade.

Recentemente, a Sesai assinou contratos com 14 comunidades indígenas do estado para a implantação de serviços de saúde que incluem a realização de exames de saúde e a assistência médica aos indivíduos que residem nessas comunidades, garantindo assim a atenção integral à saúde e o cuidado adequado para todos os povos indígenas. A Sesai assinou os contratos com as comunidades no âmbito do Programa de Saúde do Índio (PSI), que é uma ação estratégica para garantir a saúde dos povos indígenas em todo o Brasil. Além disso, a Sesai também tem atuado na capacitação dos profissionais de saúde que atendem as comunidades indígenas, para garantir que eles tenham as habilidades necessárias para prestar os cuidados de saúde de alta qualidade. Com o andamento dos serviços de saúde indígena em todo o estado, a Sesai visa garantir que todos os povos indígenas tenham acesso a atendimento de saúde adequado e assistência médica de qualidade. A Sesai busca garantir a saúde dos povos indígenas, promovendo cuidado e atenção aos indivíduos que precisam, com o objetivo de melhorar a saúde e o bem-estar dos povos indígenas do estado.

Inspeção Judicial e Ações de Atenção à Saúde em Territórios Indígenas

Na última segunda-feira (18) e terça-feira (19), a Justiça Federal realizou uma ação de monitoramento nos Polos Base de João Câmara e Goianinha, municípios do Rio Grande do Norte com uma população indígena expressiva. Essa ação de monitoramento foi dividida em dois momentos: a conferência das instalações e equipamentos do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), e a visita às comunidades, incluindo as aldeias, para a escuta das demandas e esclarecimento de dúvidas.

A juíza esteve acompanhada por uma equipe da Sesai, composta por coordenadores da sede central, a coordenadora do DSEI Potiguara, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, um representante do Controle Social de Goianinha e lideranças indígenas. A inspeção judicial permitiu à Justiça Federal confirmar os avanços nos atendimentos que já vêm sendo realizados no estado.

Atualmente, cerca de 80 profissionais de saúde atuam em funções como medicina, odontologia, enfermagem, assistência social, psicologia, farmácia, saúde bucal, combate a endemias, além de agentes indígenas de saúde e saneamento, engenheiros, entre outros. A equipe atua em parceria com as unidades básicas de saúde dos municípios, garantindo o atendimento às necessidades da população indígena.

Antônio Fernando, coordenador-geral de Gestão das Ações de Atenção à Saúde Primária (CGGAS), destacou a importância da colaboração entre a equipe da Sesai e as unidades básicas de saúde dos municípios. Ele frisou que essa colaboração é fundamental para o andamento das ações e ressaltou que todas as aldeias estão sendo atendidas de acordo com um cronograma estabelecido pela coordenação técnica dos dois Polos Base.

Isso representa um marco histórico, uma vez que apenas com o censo mais recente foi comprovada a existência de populações indígenas tanto no Rio Grande do Norte quanto no Piauí. Os serviços começaram a ser implantados nesta gestão da Sesai, após um levantamento e cadastramento da população indígena, atualmente composta por aproximadamente 7 mil pessoas em municípios como João Câmara, Apodi, Canguaretama e Goianinha.

A iniciativa inclui um processo contínuo de educação permanente para os profissionais das equipes multidisciplinares de saúde indígena. A Sesai também promove periodicamente qualificações abertas aos municípios com territórios indígenas, com módulos de formação específicos.

Fonte: @ Ministério da Saúde