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Grafiteiras se unem contra o mercado de arte em SP

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grafite, visual;

Duas produtoras artísticas urbanas periféricas produzem trabalho em projetos publicitários de marcas, ganhando dinheiro e protagonismo através de edital de contratação para artistas e empresários.

A arte urbana, expressão fundamental da criatividade popular, enfrenta um contexto de exploração que reflete o desconhecimento da burocracia, o receio de formalização e recursos financeiros insuficientes das produtoras. Neste quadro, as grafiteiras lutam por mudanças, visando garantir valores justos e priorizar os artistas.

Com a experiência de Pankill, grafiteira e agora produtora, o cenário de exploração da arte urbana ganha uma nova perspectiva. Falta transparência e a necessidade de valores justos são pontos abordados pela produtora, que busca romper com o status quo. Além disso, a falta de priorização dos artistas na cadeia de produção é outro desafio que as grafiteiras e produtoras pretendem superar. O uso de grafite, por exemplo, é uma arte visual intensa que pode ser explorada de maneira mais justa, beneficiando todos os envolvidos, desde os artistas até as equipes de produção. A busca por mudanças é um passo importante para garantir que a arte urbana seja respeitada e valorizada.

Desafios na Produção de Arte Urbana em São Paulo

A arte urbana, caracterizada por obras de grafite em espaços públicos, é uma expressão visual vibrante que enriquece cidades como São Paulo. No entanto, a realidade por trás da produção desta arte é frequentemente marcada por desafios, incluindo a exploração financeira das artistas. Amanda Pankill e Mimura Rodriguez, duas grafiteiras periféricas, são exemplos de artistas que estão se mobilizando para mudar essa dinâmica, fundando a Seiva Cultural. Eles estão produzindo obras de arte em regiões periféricas da cidade, como Jardim São Luiz e São Matheus.

Produtoras e Exploração

A experiência de Pankill e Mimura com produtoras e agências de publicidade e marketing foi marcada por decepções. Eles desenvolveram o termo ‘atravessadores’ para descrever empresas geridas por homens e mulheres que atuam no mercado de produção artístico-cultural em São Paulo, explorando as artistas. ‘A gente começou a se mobilizar e se produzir. Neste projeto, partimos da premissa de que a artista tem que ganhar o maior cachê’, diz Pankill, mostrando a determinação em mudar a situação.

Consequências da Precarização

As precárias condições de trabalho das artistas são um problema crônico. Na prática, as grandes produtoras e agências podem exigir que as artistas comprem materiais deles mesmos, como tintas, e cortem gastos para aumentar seu lucro. Por exemplo, em um projeto de quatrocentos mil reais, as artistas receberam apenas dez mil reais. ‘Serão oito painéis de grafite feitos nas periferias de São Paulo no projeto só de mulheres’, menciona Pankill, destacando a importância do trabalho conjunto.

Declínio do Protagonismo do Artista

A falta de entendimento e o protagonismo do artista nas relações de trabalho são questões profundas. A Seiva Cultural busca mudar essa dinâmica e garantir que as artistas sejam valorizadas e respeitadas. ‘A gente se sente explorado, principalmente pelo mercado das grandes produtoras, agências, pessoal de publicidade e marketing’, explica Pankill, queixando-se do que os artistas sofrem.

Fonte: @ Terra

Olá, sou Felipe Cavalcanti, um redator especializado em cobrir as complexidades do cenário político e econômico. Minha paixão está em analisar os fatos e apresentá-los de forma clara e objetiva para ajudar meus leitores a compreenderem os desdobramentos mais recentes. Gosto de mergulhar em dados e tendências, oferecendo insights sobre o que está por vir e como as decisões políticas podem impactar o nosso futuro. Estou sempre em busca de trazer a notícia com precisão e profundidade.

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