Vivian defende o marido de estupro

Vivian Guglielmetti acredita que ex-jogador seja inocente da pena de estupro no Brasil, sentença final do Superior Tribunal de Justiça, ato imoral condenado por um coletivo.

Robinho, o ex-jogador da equipe italiana AC Milan, que foi condenado por estupro coletivo em 2013, está atualmente cumprindo pena na Penitenciária II de Tremembé, após ser preso em 21 de março de 2019. A esposa dele, Vivian Guglielmetti, falou pela primeira vez sobre a condenação do marido em uma entrevista ao Metrópoles.

Segundo ela, o marido foi injustiçado e alvo de perseguição. “A violência sexual é um crime muito sério, mas a abuso sexual também é uma violência. E o que aconteceu no caso do estupro em que o Robinho foi condenado é um exemplo de abuso de poder. O estupro coletivo é um crime que atinge a dignidade e a liberdade das mulheres. E o que aconteceu com o Robinho é um exemplo de como um homem de poder, que é um jogador de futebol, pode usar seu status para cometer esse crime”.

Reconhecimento da sentença italiano

Em março desse mesmo ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a sentença italiana, determinando que Robinho cumprisse a pena no Brasil. Apesar da conclusão das investigações e da sentença final, Vivian reafirma sua confiança na inocência de Robinho, afirmando que o estupro não ocorreu. Ela declarou que, ao longo de mais de dez anos, se dedicou a analisar cada documento e cada página do processo. ‘Ninguém no Brasil sabe mais desse caso que eu’, disse.

Condenação por estupro e violência

Filho da princesa da Noruega é preso sob acusação de estupro. Robinho alegou que teve relações consensuais com a vítima. Por sua vez, a esposa do ex-jogador contou que, após ele admitir a traição, ela escolheu perdoá-lo. ‘O Robinho foi condenado por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um crime. A traição que houve comigo não é um crime. Está muito distante de ser um crime. Entre um ato imoral e um crime tem uma distância muito grande. Ele está há oito meses pagando por algo que não aconteceu’, disse Vivian ao Metrópoles.

Dia do crime e festa de aniversário

Dia do crime No dia 22 de janeiro de 2013, Vivian recebeu a tarefa de organizar uma festa de aniversário para Rudney Gomes, amigo de Robinho. Pouco antes dos acontecimentos, ela esteve na boate Sio Café, onde permaneceu entre 22h e 1h10. O ex-jogador e seus amigos chegaram por volta da meia-noite. ‘Era uma noite tranquila, de segunda-feira, chamada ‘serata braziliana’, em que os brasileiros tocavam pagode. Nas fotos, dá para ver casais de pessoas mais velhas. Não era aquela discoteca lotada de gente’, disse Vivian. Segundo as investigações, o crime ocorreu entre 1h59 e 2h21, enquanto a vítima dançava e, posteriormente, enviou uma mensagem a uma amiga. ‘Ela alega que, em 22 minutos, ficou com falta de ar, desmaiou, acordou no camarim, que o Robinho e o Alex estão em cima dela. Ela se veste, coloca a roupa toda, vai até o carro, troca de carro, esquece a bolsa’, questionou Vivian.

Condenado por estupro e perseguição

Condenado por estupro: relembre o julgamento de Robinho na Itália. Perdão Vivian contou que soube do ocorrido apenas em março de 2014, quando a polícia italiana apareceu na casa do casal. ‘Eu estava deitada fazendo drenagem linfática. Coloquei meu roupão, me assustei. Era uma policial mulher e um homem. Ela foi para dentro do quarto comigo, sentou e falou: ‘Você sabe por que estamos aqui? O seu marido está sendo chamado para depor. Houve um episódio em janeiro de 2013. Tem uma moça alegando que foi violentada por eles’, declarou. Ela revelou que, naquele momento, considerou a possibilidade de se separar devido à traição, mas que foi convencida por Robinho a acreditar que o ato não foi um estupro. ‘Eu cheguei em casa e falei: ‘Vou embora, vou pegar meus filhos e estou indo embora’. Ele: ‘Não, pelo amor de Deus. Meu erro foi ter te traído, não vou mais fazer”. Áudios e condenação.

Fonte: @ Nos