Finanças
Tesouro Direto: Negociações suspensas devido à volatilidade das taxas de juros.

Títulos públicos registram alta em volatilidade após alta da taxa de juros básica e destravamento do pacote fiscal.
Os investidores brasileiros costumam ter um olhar atento sobre as movimentações dos juros, principalmente em períodos de instabilidade econômica, onde as alterações nos juros operam com alta volatilidade.
A alta volatilidade dos juros no mercado financeiro brasileiro costuma ter como consequência a suspensão das negociações dos títulos públicos. A Secretaria do Tesouro Nacional procura evitar que essas negociações sejam feitas em momentos de alta volatilidade nos juros, evitando assim, a instabilidade financeira.
Juro básico da Selic sempre era o mais relevante, mas com a alta volatilidade dos juros, a taxa operou com uma alta significativa.
Negócios financeiros: Juros em alta afetam mercado de títulos públicos
A partir de 11h30, o Tesouro Selic foi o único investimento disponível para compra no mercado de títulos públicos. Isso ocorreu após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa básica de juros, que agora está em 12,25% ao ano. O mercado aguarda também a notícia de um possível destravamento do pacote fiscal no Congresso. O aumento das projeções de juros e inflação é motivado principalmente pela piora na percepção de risco com a política fiscal, em meio a relatos de que o pacote de contenção de gastos foi desidratado em relação ao desenho original do Ministério da Fazenda. Nesse cenário, o aumento da taxa básica de juros tem um impacto direto nas taxas e preços dos títulos, que são inversamente proporcionais. Isso significa que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, embora seja uma boa notícia para quem investe, pois assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Fonte: @ Valor Invest Globo