Finanças
Nova queda histórica de emissões de crédito privado em novembro, com redução de 62% em comparação com o mês anterior, torna o nível mais baixo desde janeiro.

Menor volume de emissões, com apenas 32% distribuídos, abaixo da média de 59%. Usaram títulos-credito, crédito-incentivado, debêntures-corporativas, CDCAs e captação-positiva.
As emissões de títulos de crédito privado registraram um declínio significativo em novembro, atingindo um volume recorde baixo desde janeiro de acordo com um relatório do BTG Pactual. O volume total alcançou R$ 32 bilhões, um valor substancialmente menor em relação ao registrado em outubro, que foi de R$ 84 bilhões.
Um dos principais motivadores do declínio pode ser atribuído às restrições ao financiamento externo, resultantes da instabilidade econômica global. Além disso, a redução nas emissões reflete uma tendência generalizada no mercado de capitais, influenciada pela volatilidade dos preços das ações e pelo aumento das taxas de juros. Nesse contexto, a busca por capital de terceiros por meio de emissões de títulos de crédito privado diminuiu, gerando um impacto negativo no volume de transações. Com o objetivo de estabilizar o mercado e promover a recuperação, as autoridades financeiras têm implementado medidas de estímulo, como o crédito incentivado, para incentiviar as emissões e restabelecer a confiança dos investidores.
Crédito em cheque: novas emissões de títulos creditícios registradas em 2022
É notório que o ano de 2022 marcou uma tendência na economia, com a diminuição das emissões de crédito-privado. Uma análise detalhada mostra que apenas 32% do volume total de emissões foi distribuído ao mercado, um número significativamente inferior à média de 59% registrada ao longo do período. Neste contexto, as debêntures tradicionais tiveram uma ‘reduzida absorção’, com apenas 24% do volume sendo distribuído, enquanto as debêntures incentivadas tiveram ‘uma melhor absorção’, alcançando 59% do volume distribuído.
De acordo com o estudo, após 17 meses consecutivos de captação-positiva, os resgates superaram os depósitos em R$ 5 bilhões em novembro e em R$ 7 bilhões até o dia 16 de dezembro na amostra acompanhada pelo banco de 1.400 fundos com pelo menos 10% do patrimônio líquido alocados em crédito-privado indexado ao capital-de-terceiros.
Fonte: @ Valor Invest Globo