Finanças
Quando chega aos 80, qualquer desequilíbrio pode ser fatal em saúde e economia.
Um desequilíbrio pequeno pode ser perigoso, chegamos aos 80, desequilíbrio, deslize, ferimento, níveis de endividamento das famílias, balanço é de pequenas escoriações, sem maiores efeitos colaterais, próximos dos 80, desafio dos 80% de dívida bruta, convívio em paralelo.
Estava refletindo sobre a minha coluna neste final de semana, qual tema tratar: implicações das eleições de Trump para o Brasil, as causas das sucessivas surpresas inflacionárias no país, a dicotomia entre a atividade econômica forte e níveis de endividamento das famílias que não dão trégua, o que explica uma atividade econômica forte mesmo com juros reais acima de 7%?
Em meio a essa reflexão, um parente próximo, de 79 anos de idade, sofre um desequilíbrio e desliza no quintal da sua casa, bate a cabeça e tem um leve desmaio, um claro indicativo de que, para além do desequilíbrio, os riscos de lesões são muito altos. Nesse cenário, a importância de um tratamento médico adequado e uma atenção especial para esse tipo de lesão não pode ser subestimada.
O Desafio dos 80: Um Desequilíbrio Fiscal
O balanço é de pequenas escoriações na cabeça e nos cotovelos, mas o verdadeiro desafio é o desequilíbrio fiscal que assola o país. Com uma dívida bruta de 80% do PIB, estamos próximos do limite crítico. Qual é o montante mínimo necessário para acalmar os mercados e restaurar a credibilidade fiscal?
Um ajuste de R$ 30 bilhões pode ser apenas o começo. Mas será suficiente? Precisa de um sinal mais forte para além de 2025? O debate é exaustivo, mas a realidade é que estamos diante de um desequilíbrio fiscal que pode ter impactos não lineares sobre a trajetória da dívida e da economia.
Assim como uma simples queda de um idoso pode desencadear um efeito em cascata, deslizes e desequilíbrios na dívida podem ter consequências devastadoras. E com taxas de juros reais acima de 7% e inflação sistematicamente acima da meta, o custo de financiamento da dívida será elevado, adicionando mais três a quatro pontos percentuais de PIB ao ano.
É como se o país tivesse pressão alta e problemas de diabetes, com uma dieta altamente restritiva (juros reais elevados) para se manter em condições estáveis. E cada novo sinal de alerta nos exames (deslizes e desequilíbrios) exige um grande sacrifício para voltar aos níveis satisfatórios.
Prevenção é a Melhor Medicina
Preventivamente, só há uma forma de enfrentar esse desafio dos 80 de maneira segura e consistente: com o fortalecimento das bases. Não basta cortar gastos estruturais, é necessário um sinal claro de responsabilidade fiscal.
E assim como no caso da saúde, é preciso investigar as causas e os desdobramentos dos deslizes e desequilíbrios. Não podemos deixar que o desequilíbrio fiscal se agravasse e tenha consequências devastadoras para a economia como um todo.
Um Desequilíbrio que Exige Atenção
Estamos diante de um desequilíbrio fiscal que exige atenção. Não podemos mais ignorar os sinais de alerta. É hora de tomar medidas concretas para fortalecer as bases e garantir um futuro sustentável.
O desequilíbrio fiscal não é um problema para os outros, é um problema nosso. E somente com ações conscientes e responsáveis podemos evitar o deslize para o desequilíbrio e garantir um futuro melhor para o país.
Fonte: @ Valor Invest Globo