Saúde
Painel de Indicadores de Saúde da População Negra

Lançamento no seminário sobre equidade étnico-racial nas Redes de Saúde, com foco na estruturação de instâncias do sistema de saúde da população, usando instrumentos digital dos e de promoção.
No âmbito de políticas de saúde, o Ministério da Saúde propõe uma abordagem mais abrangente, considerando fatores como a saúde e a desigualdade racial. O lançamento do Painel Saúde da População Negra visa fornecer dados e indicadores precisos para direcionar esforços em favor da equidade étnico-racial nas redes de atenção à saúde. Além disso, a iniciativa visa conscientizar sobre a importância da saúde como direito humano fundamental.
A inclusão da perspectiva étnico-racial na saúde pública constitui um passo crucial para enfrentar as desigualdades enfrentadas pela população negra. É essencial que as políticas de saúde estejam alinhadas com as necessidades específicas dessa população, como por exemplo, a saúde mental e a atenção à saúde integral. Esse esforço visivelmente promissor pode levar a mudanças significativas na forma como a saúde é abordada em diferentes contextos sociais.
Ferramenta de Monitoramento da Saúde da População Negra
A abertura da atividade será transmitida pelo canal da pasta no Youtube, proporcionando acesso amplo e inclusivo. Com dados e indicadores sociodemográficos, de morbidade e de mortalidade específicos para a população negra, a plataforma foi desenvolvida pelo Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (Demas), vinculado à Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (Seidigi), reforçando a importância da Saúde na população negra.
Painel de Indicadores de Saúde da População Negra
O Painel de indicadores de Saúde da População Negra é uma demanda antiga dos movimentos sociais negros, enfatizando a necessidade de equidade em Saúde. Ele permitirá o monitoramento e a avaliação do processo de implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, promovendo a saúde da população negra e fortalecendo a política de saúde. O assessor especial para Equidade em Saúde do ministério, Luís Eduardo Batista, destaca que essa ferramenta é um passo importante em direção à equidade em saúde, permitindo que os indicadores de enfrentamento ao racismo sejam monitorados e avaliados.
Rede Alyne e Políticas Nacionais de Saúde
A ferramenta apresenta os indicadores de enfrentamento ao racismo, produzidos a partir dos resultados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), realizadas no ano de 2021, e de busca por termos-chave presentes nos Planos Municipais de Saúde através do Sistema Digital dos Instrumentos de Planejamento (DigiSUS), do quadriênio 2021-2024. O objetivo do evento é fomentar a implementação de ações e estratégias antirracistas e de promoção da equidade étnico-racial nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), em especial na Rede Alyne, a partir do fortalecimento das Políticas Nacionais de Saúde Integral da população Negra (PNSIPN) e de Atenção à Saúde dos Povos indígenas (Pnaspi) e da estruturação de instâncias e de corpo técnico para fazer frente ao racismo.
Seminário de Promoção da Equidade Étnico-Racial
O seminário é resultado de uma soma de forças mobilizadas por ações históricas de promoção da equidade étnico-racial e pretende envolver as Redes de Atenção à Saúde, por meio das Câmaras Técnicas do Conass – Atenção Primária à Saúde, Atenção Especializada à Saúde, Comunicação em Saúde, Epidemiologia, Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e Qualidade no Cuidado e Segurança do Paciente – além de áreas técnicas ligadas à saúde materna e infantil e aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei), além de gestores de Promoção da Igualdade Racial na construção de propostas que avancem no aperfeiçoamento das redes de atenção à saúde. Entre essas redes destaca-se a Rede Alyne, que atualizou a Rede Cegonha. De acordo com Luís Eduardo Batista, a ideia do seminário – articulado entre o Ministério da Saúde, os Conselhos Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Nacional de Saúde (CNS), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Igualdade Racial (MIR) – surgiu de um questionamento constante: ‘Por que é tão difícil inserir a temática étnico-racial nos planos de ações estaduais?’
Programação do Seminário
Após a abertura do seminário, a pesquisadora Emanuelle Freitas Goes, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), apresentará a conferência ‘Equidade étnico-racial nas redes de atenção à saúde’, moderada por Luís Eduardo Batista, do Ministério da Saúde. No período da tarde, a programação contará com apresentações e debates sobre a implementação de ações e estratégias antirracistas e de promoção da equidade étnico-racial nas Redes de Atenção à Saúde, reforçando a importância da Saúde da população negra.
Fonte: @ Ministério da Saúde