Finanças
O que fazer com o dinheiro: pagar dívidas, investir ou gastar?
O objetivo é encerrar o ano com a carteira no azul, sem dívidas, com valor para investir e um total no valor do 13º salário.
A época do 13º salário é uma fonte de alívio financeiro para muitos trabalhadores brasileiros, permitindo que eles reorganizem suas finanças e planejem melhor para o futuro. Com o dinheiro extra, as pessoas podem adquirir bens e serviços que estavam fora do seu alcance, como uma viagem ou um investimento em longo prazo.
Quando o dinheiro do 13º salário começa a circular, muitas pessoas sentem um alívio financeiro significativo, pois são capazes de pagar contas em atraso, adquirir bens que desejam e até mesmo investir em projetos futuros. Isso é especialmente verdade para os trabalhadores que recebem a gratificação como uma grande quantia de pecúnia uma vez ao ano.
A liberação do 13º salário pode estimular a economia de várias maneiras. Alguns trabalhadores podem usar o dinheiro para financiar compras importantes, como uma casa ou um carro, enquanto outros podem investir em valor aumentar seu patrimônio a longo prazo.
Com o 13º salário, as pessoas têm a oportunidade de reorganizar suas finanças e alcançar seus objetivos econômicos. Isso pode incluir pagar dívidas, investir em projetos de negócios ou simplesmente ter um fluxo de dinheiro mais estável.
Uma Estratégia para o 13º Salário: Pegadinha ou Oportunidade
Daiane Alves, educadora financeira da fintech Neon, assinala que o 13º salário pode ser uma oportunidade para reorganizar a situação financeira, especialmente para as famílias endividadas, conforme a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apontou 77,2% das famílias como endividadas em setembro.
O objetivo deve ser claro: encerrar o ano com a conta no azul. ‘Utilizar o 13º para zerar pendências financeiras é uma ótima oportunidade para começar o ano com o nome limpo’, reforça. O dinheiro pode ser utilizado para quitar dívidas, renegociar valores devidos e até mesmo investir em projetos ou produtos.
‘Pagar as dívidas deve ser a prioridade, mas cada pessoa terá uma situação diferente que deverá ser analisada’, ressalta a educadora financeira. Nesse processo, há a possibilidade de ‘fatiar’ o dinheiro e fazer um maior aproveitamento do 13º salário, sempre levando em consideração a situação financeira do momento.
Por exemplo, se a pessoa recebe R$ 3 mil e tem uma dívida de R$ 2 mil, o ideal é quitar 100% o débito, não sem antes negociar um bom desconto para o pagamento à vista. Suponhamos que a renegociação rendeu um abatimento de 20% do valor total, vão sobrar R$ 1.800 para novos planos. Nesse caso, o valor restante pode ser fatiado novamente, com uma parte voltada para investimento e outra para um consumo necessário, como um eletrodoméstico mais econômico.
O final de ano acaba sendo um momento de festividade, quando muitas pessoas são tomadas pelos sentimentos e querem aproveitar ao máximo, como se fosse possível se compensarem pelo ano que tiveram, seja ele bom ou ruim. E aí a tentação de gastar tudo é muito intensa. Apesar desse clima festivo, é preciso ser consciente e, antes de definir como utilizar esse valor, colocar no papel os possíveis gastos e quais deles são viáveis, sem comprometer todo o 13º e até mesmo parte do salário, para que não gere uma dor de cabeça para o próximo ano.
A educadora financeira lista algumas orientações para tirar o melhor proveito do 13º salário: Assim que receber o seu 13º, já separe um valor para ser investido, no mínimo 10% do valor. Caso ainda não tenha uma reserva de emergência, é um bom momento para começar a fazer a sua e adquirir esse hábito: pense nisso como um presente pessoal.
Tente se limitar a não gastar além do 13º, isso fará com que você aproveite o momento sem comprometer o seu salário e gerar dívidas para o próximo ano. Programe-se com antecedência sobre como serão as festas de final de ano, assim, é possível se organizar financeiramente.
Fonte: @ Valor Invest Globo