Educação
O papel da opressão nas histórias de superação.
Analise das histórias e enredos literários, com foco nas dinâmicas de repressão, opressão patriarcal e leituras sociais, marcadas pela sofrida condição dos personagens na segunda fase do vestibular da Unicamp, nos dias 1º e 2 de dezembro.
A opressão, uma das questões mais recorrentes ao longo da história, é um elemento comum entre as obras citadas, com a vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, por exemplo, destacando a opressão aos quais as mulheres eram submetidas na época.
No entanto, essa questão se relaciona também à repressão que a sociedade impunha aos indivíduos que não se adequavam às normas estabelecidas, como no caso de Niketche, que enfrentou a opressão em seu contexto.
Desafios Culturais na Era de Opressão
As obras escolhidas para o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) refletem temas atuais, como a repressão e a opressão, que exigem análise de contexto e reflexão crítica dos candidatos. De acordo com o professor de redação Kauan Taiar Schiavon, do colégio Oficina do Estudante, essas obras têm aspectos comuns e atuais que precisam ser observados com cuidado. Ele destaca que a repressão e a opressão são temas recorrentes em muitas das obras, refletindo a diversidade econômica, social e ambiental da sociedade.
Repressão e Opressão: Elementos Centrais
Schiavon destacou que as obras de Conceição Evaristo, Gonzaga de Sá, Lima Barreto, Caio Fernando Abreu e Paulina Chiziane apresentam a repressão e a opressão como elementos centrais. Na obra de Conceição Evaristo, por exemplo, a repressão e a opressão da população negra e pobre são temas recorrentes. Já na obra de Caio Fernando Abreu, a repressão e a opressão sofridas pelas pessoas homossexuais são destacadas. A obra de Paulina Chiziane, por sua vez, apresenta a repressão patriarcal sofrida pela personagem Rami.
Leituras Atuais e Contextualização
As leituras também podem trazer aspectos relacionáveis a temas da atualidade, como pontua Schiavon. Por exemplo, a obra ‘A Casa Velha’, de Machado, pode ser associada à questão das aparências e dos interesses individuais, tema que é muito relevante na sociedade atual. A personagem D.Antônia, por exemplo, faz de tudo para separar o filho de uma menina que não é de uma família rica, mostrando como a repressão e a opressão podem ser presentes em diferentes contextos.
Consumismo e Individualismo
Outro aspecto que Schiavon destaca é a questão do consumismo que atravessa as obras de Ailton Krenak e de José Paulo Paes. É importante o aluno pensar em todo o contexto da obra, incluindo quando ela foi escrita, por quem foi escrita e o motivo dela estar escrevendo o que está escrito. Isso é fundamental para entender melhor a temática da opressão e a repressão e como ela é apresentada nas obras.
Segunda Fase da Unicamp
A segunda fase do vestibular da Unicamp será realizada nos dias 1 e 2 de dezembro de 2024, com duração de cinco horas em cada dia. As avaliações terão uma parte comum para todos os candidatos e uma parte diversificada, de acordo com a área de conhecimento do curso escolhido em 1ª opção. Cada questão dissertativa vale quatro pontos, cada uma contendo dois itens.
Fonte: © G1 – Globo Mundo