Finanças
O Impacto da Inflação na Economia Brasileira: Consequências em Tempo de Crise Mundial
Cesta Básica: informações essenciais sobre o Copom, Banco Central, Federal Reserve, Pesquisa Mensal do Comércio, índice de preços e ao produtor.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em 12 de maio sinalizou um cenário de inflação persistente, com um aumento da Taxa Selic de 1 ponto percentual. Esse movimento indicou que o banco central está determinado a conter a inflação.
É preciso entender que a inflação é um dos principais fatores que afetam a economia. A subida da Selic, que é a taxa de juros básica, deve influenciar negativamente os juros de diversas operações financeiras, como empréstimos e investimentos. Isso pode aumentar a taxa de juros de empréstimos, tornando mais caro o crédito para as empresas e os consumidores, o que, por sua vez, pode reduzir a demanda por bens e serviços e, consequentemente, a inflação. Além disso, a taxa de juros aplicada sobre o saldo de contas bancárias, como a poupança, também pode ser afetada. É uma questão de de juros que emerge como um fator importante na tomada de decisões financeiras.
Previsão de Inflação
A expectativa do mercado está voltada para a decisão da taxa de juros do Banco Central Europeu (BCE), que ocorrerá às 10h15 de Brasília. No entanto, a atenção também está concentrada nos dados inflacionários vindos dos Estados Unidos, que poderão influenciar as perspectivas de juros nos EUA, especialmente em vista da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), agendada para a semana que vem. Além disso, os investidores continuam monitorando a saúde do presidente Lula e os indicadores do varejo no Brasil.
Dados do Varejo
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) irá divulgar os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) para outubro às 9h. De acordo com a mediana das 21 projeções realizadas pelo Valor Data, as vendas no varejo restrito devem ter diminuído 0,2% em outubro em comparação com setembro. O intervalo das estimativas vai de uma queda de 1,3% a um aumento de 0,5%. O indicador é relevante, pois demonstra o quanto a economia está aquecida, o que pode trazer pressões inflacionárias, a principal preocupação do Banco Central. Ontem, essa preocupação ficou evidente, levando o Copom a aumentar a taxa Selic para 12,25% ao ano, em decisão unânime. Além disso, o colegiado indicou que nos próximos dois encontros, os aumentos devem seguir na mesma linha, o que levaria os juros para 14,25% até o fim de março do ano que vem. Esse assunto deve reverberar ao longo do dia e trazer um certo otimismo, indicando que o Banco Central está comprometido em combater a inflação.
Decisão Monetária
A decisão do Banco Central Europeu sobre a taxa de juros deve ter um impacto significativo, com estimativas indicando uma redução de 0,25 ponto percentual, mas também há percepções de uma redução maior, de 0,50 ponto percentual. A presidente do BCE, Christine Lagarde, dará uma entrevista coletiva meia hora após a decisão, que também deve ser acompanhada pelo mercado.
Evolução da Inflação
Às 10h30 de Brasília, os dados do índice de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos serão divulgados. Se a inflação mostrar sinais de arrefecimento, isso reforçaria a tese de que o Fed fará um novo corte na taxa de juros na reunião do dia 18. Finalmente, os investidores continuarão monitorando o estado de saúde do presidente Lula, com o Hospital Sírio Libanês trazendo atualizações sobre o quadro após o presidente ter sido submetido a um novo procedimento cirúrgico para evitar sangramentos no cérebro.
Fonte: @ Valor Invest Globo