Educação
Lutas Sociais no Esporte

Alunos universitários reafirmam-se como superiores por critérios financeiros, étnicas ou intelectuais, mas ofensas preconceituosas de raça, deficiência ou origem são consideradas crimes, especialmente em jogos de futebol e lutas jurídicas verbais.
Os valores da sociedade brasileira são reforçados nos campos de esporte, onde, muitas vezes, apenas quem tem o poder econômico tem o poder de influenciar e ser influenciado. O esporte é uma das áreas que mais evidenciam a disparidade social do país, revelando as dificuldades enfrentadas por aqueles que não têm acesso a recursos financeiros.
Essa questão não é apenas limitada a indivíduos, mas também se estende às modalidades de esporte. Em competições como o futebol, por exemplo, são comuns as rivalidades baseadas em fatores como dinheiro e status social. A esportista que não tem acesso a investimentos adequados não tem a mesma chance de sucesso, o que leva a um ciclo vicioso de desigualdade. Além disso, a competição pode se transformar em uma luta de classes, com torcedores de diferentes grupos sociais se enfrentando.
Um Leitmotiv de Preconceito
Os desafiantes ‘aqui não é seu lugar’ ecoam nas modalidades esportivas, principalmente nas competições universitárias, onde a violência verbal é naturalizada. Nesses jogos, a desigualdade social se manifesta de maneira preconceituosa e elitista.
Um Passado de Luta de Classes
A origem do esporte moderno é marcada por conflitos de classes, como no caso do futebol na Inglaterra do século XVIII e XIX. Lá, professores de classes sociais inferiores disputavam jogos com estudantes de escolas públicas da elite, aristocracia. A competição era intensa e violenta, com dificuldade em controlar a disciplina nas escolas devido à estratificação da sociedade.
Um Pacto Social pour la Discipline
Foi feito um ‘pacto social’: os jovens poderiam jogar futebol e organizar os espaços de lazer nos colégios, enquanto, dentro da sala de aula, eles deveriam obter os mestres. Esse acordo permitiu que o esporte fosse praticado em espaços de classe, sem comprometer a disciplina nas salas de aula.
Jogos Universitários e Violência
Já em jogos universitários, as ofensas de classe se manifestam de maneira preconceituosa e elitista. Em campos de jogos universitários, estudantes de direito da PUC-SP gritaram ‘cotistas’ e ‘pobres’ para colegas da USP. A rotina de bebida alcoólica e privação de sono inflama as intrigas, levando a ofensas que não são apenas antiéticas, mas também criminosas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo