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Jesus foi condenado sem direito a um julgamento justo, afirma defensor.

Pobres brasileiros nos tribunais enfrentam dificuldades semelhantes, das detenções a trâmites jurídicos, evidências, acusação e defesa, com julgamento.
A justiça perdida. Uma história de um homem chamado Jesus, que nasceu em uma região remota e teve sua vida marcada pela pobreza e injustiça. Ele pregou entre as pessoas marginalizadas, uma verdadeira voz do povo. Sua mensagem de amor e compaixão ecoou forte, mas foi ignorada pelos poderosos e ignorantes.
Em uma época onde a justiça era um conceito vago, Jesus foi condenado sem direito de defesa e sem provas concretas. Era como se o sistema de justiça fosse falho e imparcial, deixando muitos silenciados e sem esperança. Herodes, personagem nefasta da história, representado por Paulo Gorgulho, nas novelas da Record, foi um dos principais responsáveis pela injusta condenação de Jesus. A justiça deixou de ser uma força positiva e se tornou um instrumento de repressão.
Uma Parábola da Luta pela Justiça
A prisão, julgamento e execução de Jesus são eventos que remontam a dois mil anos, mas sua relevância ainda é palpável no contexto atual do sistema judiciário brasileiro. Marcelo Aith, um advogado e professor, destaca que esses eventos apresentam paralelos inquietantes com a forma como grupos marginalizados são tratados na sociedade contemporânea. A desproporcionalidade com que pobres, negros e pardos são afetados pelo sistema penal é um dos pontos críticos que Aith enfatiza.
Uma Justiça Injusta
Ait ressalta que o julgamento de Jesus foi marido de ilegalidades. Ele foi preso por uma delação, prática comum nos dias atuais, mas que no contexto judaico era considerada uma violação das leis. Jesus foi julgado à noite, violando as práticas legais da época, e sua condenação foi efetivada no mesmo dia, sem qualquer revisão das evidências. Além disso, o apelo popular, que clamava pela crucificação de Jesus, foi determinante no julgamento, violando o princípio da justiça imparcial.
Evidências Questionáveis
A falta de testemunhas de defesa em seu julgamento é outro ponto crítico. A lei judaica garantia o direito de apresentar testemunhas em defesa, mas Jesus não teve acesso a este direito fundamental. Além disso, a principal testemunha contra ele, Judas Iscariotes, não foi chamada para depor, o que é incompatível com as práticas legais da época.
Crucificação: Uma Exceção à Lei
A crucificação de Jesus, como forma de pena capital, também é questionável. A lei judaica estipulava que os julgamentos deveriam se estender por pelo menos dois dias, permitindo tempo para reflexão e revisão das evidências. No entanto, o julgamento de Jesus foi efetuado em um único dia, sem qualquer revisão, e a sentença foi aplicada rapidamente.
Uma Lição para o Sistema Judiciário
As violações de direitos humanos e injustiças cometidas no julgamento de Jesus são uma lição para o sistema judiciário contemporâneo. Ait destaca que a desproporcionalidade com que grupos marginalizados são afetados pelo sistema penal é um problema grave que precisa ser abordado. A aplicação da justiça imparcial, fundada no direito e não na opinião pública, é fundamental para garantir que os direitos humanos sejam respeitados.
Fonte: @ Terra