Idosos são vítimas de golpes de pix, sofrem prejuízo 16 vezes maior que jovens, segundo pesquisa

Prejuízo médio das vítimas é de R$ 2.100. Estudo revela perdas de R$ 6.300 entre a classe AB.

Foi solicitado dinheiro de um impostor.

Os idosos são o grupo mais vulnerável a golpes financeiros, especialmente em relação ao pix, sistema de pagamento instantâneo lançado em 2020 pelo Banco Central. A exposição deles a esse tipo de crime é mais frequente devido à falta de conhecimento e experiência com novas tecnologias. A perda financeira é consequência direta da falta de cautela e preparo para lidar com essas situações.

Ao serem alvo de golpes, os idosos acabam por sofrer perdas financeiras significativas. Trata-se de um problema sério, considerando que os golpistas se aproveitam da confiança das pessoas mais idosas, muitas vezes utilizando o seu status como vantagem. O impostor pode se passar por um funcionário do pix ou de outra instituição financeira para obter informações confidenciais e cometer o golpe. Além disso, muitos idosos podem ser vítimas de estelionatários que usam alegações falsas para obter dinheiro em troca de serviços ou produtos que não são verdadeiros. O golpista pode ser muito astuto, usando uma combinação de técnicas para enganar as vítimas e obter vantagem financeira.

Perda financeira de idosos é 16 vezes maior do que a de jovens

Os dados de um relatório da Silverguard revelam que as vítimas com mais de 60 anos perderam em média R$ 4.200, sendo quatro vezes maior do que o de jovens de 18 a 24 anos e 16 vezes maior do que as perdas de vítimas com menos de 18 anos. Essa informação faz parte de um levantamento realizado entre janeiro e junho de 2024, que considera cinco mil denúncias de vítimas na Central SOS Golpe.

A média de prejuízo em outras faixas etárias é significativamente menor. Para menores de 18 anos, a perda média foi de R$ 270, enquanto para a faixa de 18 a 24 anos, a perda foi de R$ 1.046. Já para as faixas etárias entre 25 e 59 anos, as perdas variaram entre R$ 2.100 e R$ 2.400. Esses dados indicam que a perda financeira de idosos é particularmente alta.

Os golpes mais comuns entre as vítimas com mais de 60 anos incluem impostores pedindo dinheiro emprestado e/ou ajuda, compra de produtos ou serviços de lojas falsas e golpes de falsas centrais de atendimento de bancos. O WhatsApp foi o canal inicial de 69% dessas vítimas. Já para as vítimas de 50 a 59 anos, os golpes mais comuns incluem a compra de produtos ou serviços de lojas falsas e impostores pedindo dinheiro emprestado e/ou ajuda.

Fonte: @ Valor Invest Globo