Finanças
Ibovespa desce 10% em 2024: mercado vê perda histórica

Saldo do Dia: Índice de bolsa caiu a risco de divisas, ativos de risco despencaram em leilões de moeda.
Após um ano marcado por incertezas, o Ibovespa enfrenta desafios na sua trajetória. O índice de 140 a 145 mil pontos se tornou um objetivo ambicioso, mas alcançável, na mente de muitos investidores. Em 2023, o Ibovespa registrou um aumento de 22%, gerando expectativas para o ano seguinte.
Contudo, o cenário atual não é favorável. Com uma queda de 10% nos últimos 12 meses, o Ibovespa enfrenta uma bolsa de opções difíceis. Alguns especialistas argumentam que o mercado está passando por uma correção natural, enquanto outros defendem que o índice está em um processo de ajuste. Com o índice a 10% abaixo das previsões iniciais, os investidores estão reunindo forças para uma possível recuperação.
Precariedade e insegurança: o cenário econômico em torno da Ibovespa
Às vésperas do Natal, o apetite pelo risco parece ter entrado em um período de estagnação, o que pode não mudar nos próximos dias. A Ibovespa, índice de bolsa que reflete o desempenho dos ativos de risco, experimentou uma correção importante em 1,09% na sexta-feira, fechando nos 120.767 pontos. Essa queda é o resultado de uma combinação de fatores negativos que afetam o mercado de moedas e ativos de risco.
A promulgação do pacote fiscal no Congresso, com redução de gastos ainda menor do que o original, reforçou a percepção de que a política fiscal não está alinhada com o clima inflacionário. Isso, por sua vez, acentuou a desvalorização dos ativos brasileiros. Em outras palavras, o mercado está atribuindo risco ao Brasil, o que afeta a Ibovespa.
A influência do cenário externo na Ibovespa
A decisão do Banco Central americano (Federal Reserve) de manter os juros altos por mais tempo trouxe volatilidade para os ativos de risco e fortaleceu o dólar em relação ao real. Essa situação é preocupante, pois os ativos de risco, como a Ibovespa, são sensíveis às mudanças nas taxas de juros.
Além disso, a inflação mais elevada e a precificação de apenas dois cortes em 2025 trouxeram um clima de incerteza ao mercado. A moeda americana, o dólar, recuperou parte das perdas da sexta-feira e fechou a R$ 6,19.
A Ibovespa em um cenário de incerteza
A Ibovespa, índice de bolsa que reflete o desempenho dos ativos de risco, é afetada diretamente pelas mudanças nas taxas de juros e pela inflação. Em um cenário de incerteza, como o atual, a Ibovespa pode experimentar correções importantes.
A perda de R$ 16,8 bilhões em leilões não foi capaz de evitar que o dólar comercial avançasse 3% em dezembro. No ano, a valorização da divisa ante o real já chega a 27,5%.
A Ibovespa e a relação entre juros e ativos
As taxas de juros altas atraem capital para ativos mais seguros, como a renda fixa americana. Isso desestimula a atividade econômica e encarece as dívidas das empresas, diminuindo o valor considerado justo para as ações da bolsa. As projeções também fortalecem o dólar pela diminuição do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos.
Consequências para a Ibovespa
A Ibovespa, índice de bolsa que reflete o desempenho dos ativos de risco, pode experimentar uma desaceleração significativa devido à combinação de fatores negativos. A perda de valor da Ibovespa pode ser significativa, especialmente se o cenário de incerteza persistir.
A Taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 saiu de 14,94% para 15,22% ao ano, o que reforça a tendência de alta nos juros. Prêmios em contratos de curto prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
Fonte: @ Valor Invest Globo