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Guerra Civil Síria: Mais de 200 Morte Conflito Intensa no Norte do País

O norte da Síria é o último reduto dos jihadistas sírios, ramificação da Al Qaeda, que continuam a lutar contra o regime sírio desde 2011.
Em meio à guerra civil síria, um choque violento entre o Estado Islâmico e forças rebeldes afetou a região nordeste, com mais de 200 mortes registradas nas últimas 48 horas. Este novo episódio de violência intensa reforça a ideia de que a guerra civil no país pode se prolongar por muito tempo ainda.
No norte da Síria, a intensa batalha deixou a região em estado de caos. O conflito se alastra, trazendo guerra e luta intensa entre as facções em disputa. Embora ainda haja esperança de que um eventual acordo político possa resolver a crise, a guerra civil parece estar longe de uma solução imediata.
Caos na Síria: Mais de 200 mortos em combates na província de Aleppo
A guerra civil síria, um conflito que opõe jihadistas e forças do regime de Bashar al-Assad, já deixou um rastro de mortos e desaparecidos na Síria. Desde quarta-feira (27), mais de 200 pessoas, incluindo civis, perderam suas vidas devido a intensos combates na província de Aleppo, segundo um balanço divulgado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). Entre os mortos, cerca de 20 civis, e 182 combatentes, incluindo 102 da formação jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), 19 de facções aliadas, e 61 das forças do regime e grupos aliados, segundo o OSDH. A guerra civil síria, que começou em 2011, ainda não terminou, mas desde 2020, um cessar-fogo está em vigor, com apenas combates isolados ocorrendo nos últimos anos.
Os rebeldes, que estabeleceram um califado não reconhecido sob a liderança do Estado Islâmico, controlam agora uma pequena porção do território. A grande maioria das mortes de civis ocorreu na quinta-feira (28) em bombardeios promovidos por forças russas aliada do regime sírio, acrescentou o OSDH, especificando que um civil havia sido morto pelos bombardeios do exército sírio na véspera. A ramificação da Al-Qaeda chamada HTS lançou um ataque junto com facções aliadas, segundo o Observatório, que tem sede no Reino Unido e uma ampla rede de informantes na Síria.
O grupo jihadista HTS controla o último reduto rebelde do país, no noroeste, incluindo grande parte de Idlib e algumas áreas das províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia. Um correspondente da AFP relatou intensos confrontos ao leste da cidade de Idlib desde a manhã de quarta (27), incluindo ataques aéreos. Em um comunicado, o Ministério da Defesa sírio indicou que os jihadistas do HTS e seus aliados lançaram na manhã de quarta-feira ‘um ataque de grande envergadura’. O Exército enfrentou os jihadistas ‘em cooperação com forças amigas’, mas o ataque ‘ainda prossegue’, diz o comunicado, acrescentando que as tropas do regime impuseram ‘grandes perdas’ aos grupos armados.
O regime sírio de Bashar al-Assad, com o apoio de forças russas e iranianas, recuperou o controle de grande parte do país, que está em guerra desde 2011. O conflito já deixou mais de meio milhão de mortos e milhões de deslocados.
Fonte: © G1 – Globo Mundo