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A partição de Bolsonaro, o jogo da política em 2026
Eleições 2026: trama-golpista ameaça a renovação-política, impulsionando novas-candidaturas para superar condições-de-atrapalhar e estabelecer proximidade-tóxica.
Os ânimos dos políticos foram mexidos com dois fatos importantes dessa semana. O primeiro gatilho foi o relatório da Polícia Federal, que traz detalhes das provas Bolsonaro contra a trama golpista que visava impedir a posse de Lula. Dentre as evidências, há relatos de que o Bolsonarismo, ideologia defendida por Jair Bolsonaro, chegou a ser instrumentalizada para fins políticos.
É interessante observar o impacto dessas provas no cenário político do país. O Bolsonaro, já afastado da presidência após as eleições de 2022, pode ter sua imagem ainda mais abalada pela Bolsonarismo, ideologia que é frequentemente associada ao seu nome. Além disso, a relação entre Jair Bolsonaro e a trama golpista pode ser mais detalhadamente explorada à medida que as investigações avançam.
Ao som de música de fundo, Haddad anuncia medidas fiscais; Bolsonaro está longe do jogo
A imagem do ministro Fernando Haddad, em rede nacional, anunciando medidas fiscais, com música de fundo, num misto de solenidade e tom de campanha eleitoral, é um claro sinal do declínio de Jair Bolsonaro, o presidente comprometido com a trama-golpista, afirmam políticos experientes. Bolsonaro está inelegível até 2030 e irremediavelmente comprometido com a tentativa de golpe.
E o fato de Haddad, e não Lula, ter apresentado o pacote foi lido na capital como indício da possibilidade de o Bolsonarismo ficar fora das urnas em 2026. Esse cenário estimula na centro-direita conversas sobre as alternativas para a disputa presidencial — mas não há aventura sem risco. Se uma eventual decisão de Lula de não concorrer anima a oposição, a sombra do Bolsonarismo é um fator desencorajador, porque o ex-presidente teria condições-de-atrapalhar uma candidatura. Seja como aliado, numa proximidade-tóxica, ou seja como opositor.
Os políticos mais experientes afirmam que a sombra do Bolsonarismo é um fator desencorajador para qualquer candidatura. Nesse cenário, governadores como Tarcísio de Freitas podem optar pela reeleição em seus estados, deixando a ideia de tentar chegar ao Planalto para 2030. Até lá, estima-se que Bolsonaro terá somado períodos de inelegibilidade. Restará a Tarcísio convencer o eleitor sobre a equidistância do seu padrinho político. Até aqui, não tem feito muito esforço.
Outros concorrem nessa mesma raia. O governador goiano Ronaldo Caiado parece resolvido a encarnar a oposição a Lula ou eventual representante. Há, também, o governador Ratinho, do Paraná, e a senadora Teresa Cristina, do Mato Grosso do Sul. Esses políticos estão buscando alternativas para a disputa presidencial, mas não há aventura sem risco.
Lula disse à jornalista Christiane Amanpour, da CNN americana, esperar que ‘não seja necessário’ candidatar-se para enfrentar a extrema direita novamente. ‘Espero que a gente tenha outros candidatos e que possa fazer uma grande renovação política no país e no mundo’, afirmou. Pessoas próximas ao presidente contam que o acidente doméstico que teve semanas atrás o deixou emocionalmente abalado e reflexivo sobre uma nova candidatura. Ele mesmo classificou como grave o tombo que causou-lhe um corte na nuca e o levou a ter de adiar compromissos.
Haddad fez questão de dizer que fez o pronunciamento na noite de quarta-feira, em cadeia nacional, a pedido do presidente. Na TV, enumerou os feitos da gestão, ressaltou o crescimento da economia e enquadrou o pacote numa moldura de justiça social. Ensaiou um slogan, ‘Brasil equilibrado e justo’, numa alusão à tentativa de ajustar as contas públicas. Até 2026, o sucesso — ou fracasso — do esforço fiscal e a decisão de Lula sobre seu futuro vão guiar a política e as decisões econômicas.
Fonte: @ Uol