Finanças
Conflito na Rússia e Ucrânia faz bolsas da Europa recuarem.

Dados da Zona do Euro mostram preços de serviços altos, tensões geopolíticas e pressão da inflação no mercado, com resultados trimestrais do Banco Central Europeu em foco, incluindo corte de gastos.
Os principais índices acionários europeus registraram quedas significativas após o aumento das tensões geopolíticas na região, especialmente com a revisão da doutrina nuclear pela Rússia. Além disso, os dados de inflação na zona do euro também contribuíram para a volatilidade nos mercados, mantendo a atmosfera de conflito.
No contexto da guerra de informações, a tensão entre as potências mundiais não para de crescer. Com a Rússia revisando sua doutrina nuclear, a disputa por influência e poder política se torna ainda mais acirrada. Os principais índices acionários europeus não escaparam à onda de tensão, conflito e incerteza, com o Stoxx 600 caído 0,43% e o DAX de Frankfurt recuado 0,67%, em um dia marcado por uma atmosfera de conflito intensificado.
Conflitos Mundiais: Mercados Financeiros Reagem
O conflito entre as principais economias mundiais está em evidência, como mostram os resultados das bolsas de Londres e Paris. O FTSE, da bolsa de Londres, teve uma queda de 0,13%, alcançando 8.099,02 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, perdeu 0,67%, chegando a 7.229,64 pontos. Essa situação é um reflexo das tensões geopolíticas que afetam a estabilidade econômica.
A escalada do conflito na Rússia, após relatos de uso de mísseis americanos de longo alcance pela Ucrânia, trouxe preocupações sobre o uso de armas nucleares, elevando a tensão a níveis críticos. Além disso, a inflação da zona do euro acelerou para 2% em outubro, superando o registro de 1,7% em setembro, reforçando a necessidade de ação do Banco Central Europeu (BCE) para uma gradual redução das taxas de juros, conforme pontua o economista Jack Allen-Reynolds, da Capital Economics, que ressalta o apoio do cenário inflacionário ao movimento do BCE, indicando que os preços de serviços permanecem elevados.
A escalada do conflito e a situação econômica também estão afetando as empresas. A Thyssenkrupp, por exemplo, viu seu preço de ação subir 13% após apresentar resultados trimestrais melhores do que o esperado, enquanto a Nestlé enfrenta críticas por não ter apresentado um plano de corte de gastos suficiente para melhorar suas vendas, culminando em uma queda de 2% nos papéis da empresa.
Fonte: @ Valor Invest Globo