Finanças
Bitcoin aborda uma semana em alto-voltaje, com olhar focado nas decisões de juros da Fed na economia americana.

O comitê de política monetária da Fed se reúne para definir a nova taxa, afetando o valor da criptomoeda e o fluxo financeiro no mercado.
Com o mercado de criptomoedas em alta, o bitcoin (BTC) volta a ser visto como um investimento de risco, mas com potencial de altas significativas no curto e médio prazo, de acordo com especialistas. O bitcoin tem sido o grande destaque da semana, tendo já superado os US$ 62.000 e estabelecido novas máximas históricas.
Com o seu valor em alta, o bitcoin também beneficia as altcoins, como a Ether (ETH) e a Litecoin (LTC), que também se valorizaram no início de semana. Esse movimento no mercado de criptomoedas pode ser motivado pela expectativa de uma valorização das criptomoedas em 2023, e pelo interesse dos investidores em investir em criptomoedas que possam superar o bitcoin. As altcoins são uma categoria de criptomoedas que inclui todas as demais criptomoedas, excluindo apenas o bitcoin.
Variação do Controle de Bitcoin
Por volta de 12h20 (horário de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado, o bitcoin, era negociada a US$ 98.600, registrando mínima de US$ 98.000 e máxima de US$ 101.200, mas últimas 24 horas, segundo a plataforma de dados Coingecko. No cenário brasileiro, o bitcoin valia em média, no mesmo horário, R$ 602 mil, de acordo com o Cointrader Monitor.
Agora, os últimos gatilhos de alta para o mercado de criptomoedas, basicamente a cargo das nomeações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para as agências reguladoras do mercado de capitais, se esgotaram. Operadores e investidores estão se voltando novamente para o cenário macroeconômico americano, uma mudança importante no fluxo financeiro.
Na próxima semana, o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) se reúne para definir a nova taxa de juros, o que deve influenciar a valorização das criptomoedas. É consenso que mais um corte deve acontecer, o que deve favorecer as alocações de recursos em ativos de maior risco, como ações e criptos.
Ana de Mattos, analista técnica e operadora parceira da plataforma de negociações Ripio, observa que, após atingir a máxima de US$ 104 mil, o preço do bitcoin iniciou um movimento corretivo no dia 5 de dezembro, atingindo a mínima de US$ 90.500. No entanto, rapidamente voltou a ser negociado entre as faixas de preços dos US$ 97.200 e US$ 101.555.
Ela ressalta que, ainda há um forte fluxo financeiro que pode sugerir um novo rali, levando ao patamar de US$ 110 mil. Por outro lado, a realização de lucros aponta suportes de curto e médio prazo em US$ 94.800 e US$ 85.900, o que pode ser um obstáculo para o crescimento das criptomoedas.
Fonte: @ Valor Invest Globo