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A favela da Rocinha, a maior favela do Brasil: a verdade por trás da visão dos moradores.
Manicure e b. boy opinam sobre a reclassificação da Rocinha pelo IBGE, enquanto que líderes comunitários e outros moradores enfatizam a importância de crianças nas creches e empreendedorismo.
A favela é um dos últimos lugares onde a pandemia não atinge os moradores com a intensidade como em outras áreas da cidade. Rocinha continua sendo a maior favela do Brasil, com 130 mil habitantes. Com o avanço do coronavírus, a instituição que atende a comunidade oferece vagas em suas atividades e cursos para a população.
Desde o início da pandemia, a Rocinha é o maior aglomerado urbano do Brasil. As amigas Rosemary, que abriu salão de beleza na favela, e Maria Consuelo, articuladora social comunitária, falam sobre a persistência da favela no topo da lista. A favela continua sendo um refúgio para muitos, mas a pandemia continua a desafiar a comunidade.
Favelas Empoderadas
Rosemary Pereira Cavalcante, 57 anos, trabalha incansavelmente no Studio Tetemere, na freguesia da Rocinha, há oito anos. Além de administrar o salão de beleza, localizado na lavanderia de casa, ela também cuida de José Severino, de 85 anos, que, sem a solidariedade de Rosemary, provavelmente estaria nas ruas.
Moradores e Comunidade
A comunidade da Rocinha necessita urgentemente de instituições que atendam às necessidades dos idosos. As pessoas trabalham arduamente, deixando as crianças nas creches, mas os idosos ficam sozinhos em casa. A falta de cuidado com as pessoas mais velhas é uma questão crítica, e Rosemary, como empreendedora, percebe a necessidade de apoio.
Empreendedorismo em Foco
O empreendedorismo nas favelas é uma situação comum e crescente. Rosemary, com a ajuda do Sebrae, abriu o salão de beleza, demonstrando a capacidade de transformação e melhoria nas comunidades. A ocupação da Rocinha é centenária, tendo sido uma rota de fuga para escravos rumo aos quilombos.
Problemas Estruturais
Entre as freguesas de Rosemary está Maria Consuelo Pereira dos Santos, escritora e articuladora social comunitária, que chegou à Rocinha no dia da vitória da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994. Ela expressa preocupação com as questões estruturais, como a falta de agências bancárias e postos dos Correios, que afetam significativamente a comunidade.
Desafios e Conquistas
William de Oliveira, ativista social, comemora a volta da Rocinha ao topo, após o IBGE classificá-la como a segunda maior favela do Brasil em 2023. Ele expressa indignação com a perda do título e destaca a necessidade de uma reavaliação da situação. Antonio Carlos Firmino, fundador do Museu Sankofa, questiona o benefício da classificação, considerando que os problemas persistem.
Empoderamento e Solidariedade
A experiência de Rosemary ilustra a importância do empreendedorismo e da solidariedade na transformação de comunidades. Suas ações demonstram que, com trabalho e apoio, é possível criar oportunidades e melhorar a vida das pessoas.
Fonte: @ Terra