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Vídeo: Policial atira nas costas do sobrinho de um rapper
Eduardo Taddeo denunciou disparos sem legítima defesa, capturados por câmera.
A morte de um homem negro de 26 anos, capturada por imagens claras de câmeras de segurança, desacredita a versão apresentada no Boletim de Ocorrência pelo agente policial. O tio da vítima, ex-membro do grupo Facção Central, compartilhou as cenas.
A ação do policial militar foi questionada, pois as imagens sugerem uma abordagem diferente da relatada no Boletim de Ocorrência. Além disso, a relação entre o agente e o grupo militar em que trabalha é objeto de especulações.
Policial Militar em Ação
Imagens de câmera de segurança recontam o drama de Gabriel Renan da Silva Soares, um jovem negro de 26 anos, em uma loja da rede Oxxo, na Avenida Cupecê, no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. O vídeo mostra o policial militar Vinícius de Lima Britto, de costas para a vítima, sem farda, atirando em Gabriel pelas costas, contradizendo a versão apresentada no Boletim de Ocorrência (BO).
Um Retrato de Racismo e Abuso
A transcrição literal do BO revela uma história de abuso de poder, onde o policial militar Vinícius de Lima Britto alegou que Gabriel estava subtraindo mercadorias e, em seguida, o teria abordado, afirmando ser polícia. Entretanto, as imagens mostram uma história diferente, onde o policial permanece de costas para a vítima, sem se aproximar ou falar com Gabriel, até que ele escorrega e cai do lado de fora da loja. Nesse momento, o policial realiza os disparos.
Um Caso de Legítima Defesa do Racismo?
O rapper Eduardo Taddeo, tio de Gabriel, divulgou a gravação e denunciou o assassinato. Ele afirma que não houve abordagem ou voz de prisão, apenas oito tiros em legítima defesa do racismo e do capital dos grandes conglomerados de exploradores. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e as imagens mencionadas foram captadas e estão sendo analisadas para auxiliar na apuração dos fatos.
Policial Militar Afastado das Atividades Operacionais
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informa que o policial militar está afastado das atividades operacionais e que familiares da vítima foram ouvidos. Além disso, diligências estão em andamento para identificar e qualificar a testemunha que esbarrou na vítima durante sua fuga do estabelecimento comercial.
Fonte: @ Terra