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Situação global de proteção e o acordo União Europeia-Mercosul: protecionismo em alto nível

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Ameaça protecionista do novo presidente acelera União Europeia-Mercosul, aumentando cadeias logísticas e ciclo de inflação, desestruturando mercado comum.

O tratado comercial entre União Europeia e Mercosul é uma demonstração clara do potencial de cooperação entre potências econômicas globais, destacando a importância da proteção de mercados internos. A União Europeia e o Mercosul, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, assinaram um acordo em 28 de junho de 2019, após 25 anos de negociações.

Este acordo foi firmado na sexta-feira, dia 6 de dezembro, após longos anos de protecionismo que impedia o comércio entre esses países. Com a assinatura do tratado, as tarifas de importação serão reduzidas, facilitando o comércio entre os dois blocos. Além disso, o tratado também inclui uma cláusula de proteção ambiental e social, que visa assegurar que as práticas comerciais sejam realizadas de forma sustentável.

Um Mercado comum de US$ 22 trilhões

A assinatura do acordo União Europeia-Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai, não apenas desbordou as fronteiras dos dois blocos, como também se tornou uma resposta definitiva às ameaças protecionistas de Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos. Desde a campanha eleitoral, Trump prometeu impor tarifas de 10% para todas as importações dos EUA e acirrar a guerra comercial contra a China, o que gerou um ciclo de proteção e retalições que ameaçava o mercado global. No entanto, o acordo União Europeia-Mercosul tem um significado geopolítico mais profundo, tanto para o Brasil e os países da região quanto para a União Europeia.

Desafios econômicos globais

A assinatura do acordo União Europeia-Mercosul ocorreu num momento crucial, quando o mundo se viu pressionado pela ameaça protecionista de Trump e pelo acirramento do confronto comercial entre EUA e China. Além disso, o desafio econômico global, incluindo a desestruturação das cadeias logísticas, o ciclo de inflação e juros, e o crescente protecionismo americano, em especial contra a China, também contribuíram para a necessidade de retomar a agenda comercial global.

Uma terceira via para o Brasil e os países do Mercosul

O ex-embaixador Rubens Barbosa, da consultoria RB & Associados, destaca que o acordo União Europeia-Mercosul tem um significado geopolítico mais importante do que o aspecto comercial, tanto para o Brasil e os países da região quanto para a União Europeia. Segundo ele, o acordo é fechado num momento em que o mundo se vê pressionado pela ameaça protecionista de Trump e diante do acirramento do confronto comercial entre EUA e China. Isso mostra que o Brasil, que faz parte dos Brics, assina uma terceira via com 27 países da Europa, demonstrando que não está vinculado apenas aos EUA ou à China e segue caminho próprio, juntamente com os demais países do Mercosul.

Nova oportunidade para a União Europeia

Além disso, o acordo União Europeia-Mercosul também abre uma nova oportunidade para a União Europeia, que não vai ficar imprensada por EUA e China, abrindo um canal importante com a América Latina. Coincidência ou não, desde a vitória de Trump, o Brasil assinou um acordo comercial com a China e outro com a União Europeia. No entanto, o ex-embaixador Rubens Barbosa não prevê nenhum tipo de reação por parte de Trump: ‘Ele tem uma visão zero, principalmente da América Latina, os americanos não têm política para a região, apenas em relação a temas como imigração e drogas.’

Angústia europeia

O desejo de Trump de redesenhar o comércio global sob a régua dos EUA vinha causando angústia especialmente entre os países da União Europeia, uma vez que o bloco tem nos EUA seu principal parceiro comercial. Com um crescimento econômico europeu pífio desde a pandemia e pressionada por gravíssimas crises políticas internas nas duas maiores potências do bloco – Alemanha e França –, a atual presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, percebeu que era melhor assinar um acordo comercial longe do apoio unânime do bloco, inclusive sob risco de ser barrado na ratificação posterior, a ficar sob ameaça das bravatas de Trump.

Um acordo com significado geopolítico

A assinatura do acordo União Europeia-Mercosul tem um significado geopolítico mais profundo, tanto para o Brasil e os países da região quanto para a União Europeia. O acordo é fechado num momento em que o mundo se vê pressionado pela ameaça protecionista de Trump e diante do acirramento do confronto comercial entre EUA e China. Isso mostra que o Brasil, que faz parte dos Brics, assina uma terceira via com 27 países da Europa, demonstrando que não está vinculado apenas aos EUA ou à China e segue caminho próprio, juntamente com os demais países do Mercosul.

Retomando a agenda comercial global

A assinatura do acordo União Europeia-Mercosul também retoma a agenda comercial global, que vinha perdendo espaço desde a pandemia. Além disso, o acordo abre uma nova oportunidade para a União Europeia, que não vai ficar imprensada por EUA e China, abrindo um canal importante com a América Latina. Coincidência ou não, desde a vitória de Trump, o Brasil assinou um acordo comercial com a China e outro com a União Europeia. No entanto, o ex-embaixador Rubens Barbosa não prevê nenhum tipo de reação por parte de Trump: ‘Ele tem uma visão zero, principalmente da América Latina, os americanos não têm política para a região, apenas em relação a temas como imigração e drogas.’

Fonte: @ NEO FEED

Olá, sou Felipe Cavalcanti, um redator especializado em cobrir as complexidades do cenário político e econômico. Minha paixão está em analisar os fatos e apresentá-los de forma clara e objetiva para ajudar meus leitores a compreenderem os desdobramentos mais recentes. Gosto de mergulhar em dados e tendências, oferecendo insights sobre o que está por vir e como as decisões políticas podem impactar o nosso futuro. Estou sempre em busca de trazer a notícia com precisão e profundidade.

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