Secas históricas, enchentes e furacões: 2024 marca intensificação de fenômenos extremos climáticos

Ano é o mais quente com chuvas inesperadas, frequência maior de eventos extremos climáticos, desequilíbrio ambiental e extensão do gelo marinho cada vez menor.

As consequências das alterações climáticas estão se acentuando em diferentes partes do mundo, notadamente na região do Sahel, no coração do Deserto do Saara, onde intensas chuvas têm inundado a área, causando impactos consideráveis na vida local.

A catástrofe climática não está apenas destruindo a saúde pública, ampliando a desigualdade social, ferindo o desenvolvimento sustentável e abalando as estruturas da paz, como destaca o secretário-geral da ONU, António Guterres, em sua abertura da COP29, mas também está deixando marcas profundas na região do Sahel. As mudanças climáticas estão desencadeando um desequilíbrio climático no local, com consequências devastadoras para a população e o meio ambiente. A catástrofe climática tem sido um tema central na discussão global devido às suas implicações para o futuro do planeta.

Mudanças Climáticas: Uma Catástrofe Mundial em Progresso

A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) e especialistas têm acendido um ‘alerta vermelho’ para as consequências do desequilíbrio ambiental, à medida que o planeta enfrenta uma série de eventos climáticos extremos em 2024. O ano já é considerado o mais quente já registrado pela OMM, com níveis recordes de emissão de gases de efeito estufa em 2023 e uma temperatura média do ar na superfície do planeta 1,54°C acima da média pré-Industrial.

Impactos Ambientais Negativos: Uma Amostra de Destruição

O relatório anual da OMM sobre as mudanças climáticas destaca o aumento drástico nas médias de temperatura como um dos principais impactos ambientais negativos. Além disso, a emissão de gases de efeito estufa aumentou ainda mais em 2024, enquanto a extensão do gelo marinho no Ártico e na Antártida ficou abaixo da média em 2024, junto com a perda de água equivalente a cinco vezes o volume do Mar Morto, em 2023.

Eventos Climáticos Extremos: Uma Frequência Cada Vez Maior

A frequência de eventos climáticos extremos, como enchentes, incêndios florestais, perdas significativas de áreas de plantio e tempestades avassaladoras, aumentou drasticamente nas últimas décadas. O climatologista Rodolfo Bonafim cita que a palavra-chave é a frequência, que está aumentando em um mundo com atmosfera e mares mais aquecidos. Esses fenômenos também estão conectados pelo desequilíbrio ambiental, como a irregularidade das correntes de vento responsáveis pelas chuvas na Amazônia.

Consequências Econômicas: Bilhões de Dólares em Prejuízos

As consequências econômicas desses eventos climáticos extremos são significativas, com bilhões de dólares em prejuízos, segundo a organização. Além disso, a crise alimentar na África foi intensificada com as perdas significativas de áreas de plantio, o que afeta a segurança alimentar de milhões de pessoas.

Um Mundo em Perigo: A Necessidade Urgente de Ação

O relatório da OMM ressalta a necessidade urgente de ação para mitigar as mudanças climáticas e evitar uma catástrofe ambiental. A redução da emissão de gases de efeito estufa, a proteção das áreas de plantio e a preservação do gelo marinho são algumas das medidas necessárias para evitar uma catástrofe climática.

Fonte: @ Terra