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Revitalizando a Era Dourada de Fusões e Aquisições: Nova Era de M&As nos Estados Unidos
Nova era de fusões-e-aquisições com figuras-de-liderança tradicionais impulsionando operações-de-streaming.
Ao que tudo indica, a perspectiva de uma nova era econômica nos Estados Unidos está trazendo grandes expectativas. Nesse contexto, eventos como M&As – em que empresas são compradas ou fundidas – podem se tornar mais frequentes. Processos de fusões e aquisições ganharão destaque, tornando-se cada vez mais comuns.
Com a eleição de Donald Trump, a economia norte-americana pode passar por mudanças significativas. Os rumos da economia podem ser alterados com fusões e aquisições de empresas, o que pode impulsionar a economia. Esses avanços em M&As podem atrair investimentos externos e estimular a economia nacional. Com o novo presidente, é provável que as negociações de fusões e aquisições sejam mais intensas, resultando no crescimento dos negócios.
Um novo cenário para fusões e aquisições na indústria de mídia americana
A expectativa de que o setor de mídia nos Estados Unidos experimente um ambiente mais favorável às fusões e aquisições, sob o governo do ‘novo’ mandatário, é uma perspectiva comum entre os especialistas. A tábua de salvação para muitas empresas tradicionais do segmento, em meio aos desafios estruturais desse mercado, têm sido vistas em M&As.
No entanto, na administração de Joe Biden, esses acordos têm encontrado fortes barreiras para serem concretizados. A resistência tem se traduzido, em particular, nas figuras de Lina Khan, presidente da Federal Trade Commission (FTC), e Jonathan Kanter, chefe da área de antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A dupla tem tentado impedir a conclusão de uma série de transações. Com a mudança de governo, é quase certo que Trump irá substituir os líderes de diversas agências reguladoras dos Estados Unidos. E que, no topo dessa lista, devem estar justamente a FTC e o Departamento de Justiça. Nesse cenário, embora Lina Khan possa potencialmente concluir seu mandato na FTC – que se estende até 2028 -, ela provavelmente não estaria mais no cargo de presidente da comissão a partir da troca na Casa Branca.
Essa mudança pode trazer um ritmo de mudança e uma oportunidade de consolidação bem diferente, o que proporcionaria um impacto positivo e acelerado que é necessário nesta indústria, conforme afirmou David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery. A Warner Bros. Discovery é um dos players do setor que vinham avaliando a fusão de seus negócios tradicionais com sua operação de streaming de fusões-e-aquisições. Mas, diante desse cenário mais restrito, o grupo optou por vender ativos menores, segundo o Financial Times.
Quem também está considerando a alternativa de separar suas operações – nesse caso, os ativos de TV a cabo, em uma empresa listada – é a Comcast. Sob o governo de Trump, esse poderia ser o destino para os negócios de cabo de outras companhias. Outro negócio, até aqui complexo, que poderia ganhar sinal verde nesse cenário é a compra da Paramount pela Skydance.
Pai do CEO da Skydance, David Ellison, o bilionário Larry Ellison, fundador da Oracle, que está investindo a maior parte do dinheiro no acordo, é um apoiador de Trump. Existem, porém, alguns indicativos de que esse contexto poderia não ser, de fato, tão favorável aos acordos no setor.
No primeiro mandato de Trump, o Departamento de Justiça passou dois anos tentando bloquear o acordo entre a AT&T e a Time Warner. Ao mesmo tempo, o vice-presidente eleito J.D. Vance tem se manifestado surpreendentemente a favor de Khan, a presidente do FTC. E, mesmo que ela seja substituída, há quem o veja como um possível defensor de uma forte regulamentação antitruste, especialmente no que diz respeito às big techs.
Uma outra transação, em curso já há um bom tempo, e que pode avançar para um final feliz sob o novo governo é o acordo entre a Paramount e a Skydance.
Fonte: @ NEO FEED