Tecnologia
Quais são os ganhos de um influenciador?

Menores de idade vendem cursos de afiliados em redes sociais, prometendo milhares de reais por mês com ‘trabalho leve’. Eles usam plataformas de marketing e perfis com conteúdo para atrair consumidores finais.
O mundo digital se encontra cada vez mais presente na vida dos brasileiros, especialmente entre os jovens e mirins. Nesse contexto, a figura dos influenciadores ganhou destaque, com muitos alcançando um alto nível de reconhecimento e fortuna.
De acordo com uma reportagem do g1, publicada em 23 de janeiro, alguns influenciadores mirins tentam atrair crianças e adolescentes para participar na venda de cursos em plataformas de marketing de afiliados. Plataformas como Kiwify e Cakto são citadas como locais onde esses jovens afirmam faturar até R$ 100 mil com a venda de cursos online. Essa prática tem gerado preocupações sobre a exploração desses menores e a necessidade de regulamentação para protegê-los na era digital.
Influenciadores mirins: o impacto das redes sociais no Brasil
Em um mercado em constante evolução, as plataformas de marketing e de afiliados se tornaram fundamentais para o sucesso de qualquer negócio. No entanto, a crescente popularidade de influenciadores jovens tem levantado questões sobre a responsabilidade e a regulamentação dessas atividades. No Brasil, o uso de redes sociais para promover produtos e serviços é cada vez mais comum, com perfis com conteúdo atraindo milhões de seguidores.
Recentemente, foi descoberto que algumas influenciadoras com idade inferior a 18 anos estavam recebendo brindes de empresas, incluindo espumante, uma bebida alcoólica cujo consumo é proibido para menores de idade no Brasil. A Kiwify, uma empresa de marketing digital, afirmou que não enviou esses prêmios diretamente para menores e que está implementando uma revisão operacional para evitar situações semelhantes.
A Cakto, outra empresa de marketing digital, também foi acusada de enviar brindes para menores, incluindo espumante. O CEO da empresa, Caio Martins, comentou sobre a situação, mas a empresa não confirmou se o CEO estava ciente da situação. A Meta, dona do Instagram, afirmou que não vai comentar sobre o tema, enquanto o TikTok respondeu após a publicação da matéria, informando que derrubou os vídeos em agosto.
Essas influenciadoras jovens atraem milhares de seguidores com suas publicações e vídeos promovendo produtos e serviços. Eles revelam poucas informações pessoais, mas são desinibidos para falar sobre uma suposta vida de luxo. Os perfis costumam se seguir, o que indica que os envolvidos se conhecem, ao menos no ambiente virtual.
A Kiwify afirmou que a premiação é padrão e concedida a todos os produtores que atingem o faturamento de R$ 100 mil, não havendo distinções ou privilégios para indivíduos específicos. Alguns influenciadores também filmaram sua presença em eventos de marketing digital da Kiwify, mas a empresa disse que não realizou nenhum convite a eles.
A situação levanta questões sobre a responsabilidade e a regulamentação dos influenciadores e das plataformas de marketing. É fundamental que as empresas sejam transparentes sobre suas práticas e que os consumidores finais sejam informados sobre os produtos e serviços promovidos por esses influenciadores.
Fonte: © G1 – Tecnologia