Educação
Proibição de celulares nas escolas: mudanças necessárias para garantir seu uso

Alunos e professores relatam sucesso em escolas que proibiram aparelhos celulares nas aulas, facilitando adaptação, relações e atividades em rotina da comunidade.
O projeto de lei que visa proibir o uso de celulares em escolas de São Paulo foi aprovado pela Assembleia Legislativa do estado em 12 de outubro. Essa lei, se aprovada, tornaria São Paulo o primeiro estado a adotar essa medida, visando melhorar a concentração e a produção acadêmica dos estudantes.
Segundo o projeto, que ainda aguarda a sanção do governador Tarcísio de Freitas, a proibição não se aplica apenas aos celulares, mas também aos telefones móveis e aos smartphones. O objetivo da norma é evitar distrações e melhorar a concentração dos estudantes nas aulas, garantindo um ambiente mais propício ao aprendizado. A proibição também se estende aos aparelhos, como tablets e outros dispositivos de comunicação.
Um Salto para o Futuro: Celulares no Armário e Alunos Mais Concentrados
A rotina diária de uma escola particular em Campinas (SP) vem demonstrando que a proibição do uso de celulares durante as aulas pode trazer resultados positivos. Embora ainda não haja uma legislação que obrigue os alunos a dispensarem o aparelho durante as aulas, a prática já é implementada com sucesso. Os professores e alunos entrevistados pela EPTV, afiliada da TV Globo, relatam que a medida inicia com resistência, mas leva a uma melhoria significativa nas relações interpessoais, concentração, comportamento em sala de aula e, consequentemente, na rotina.
Os telefones móveis, essenciais para a comunidade digital, são recolhidos por um professor na entrada das aulas e trancados em um armário com cadeado, garantindo que os alunos não tenham acesso à internet durante o período de aulas, incluindo intervalos. A gestora educacional Thiara Pedico destaca que essa medida é uma continuidade da prática anterior, onde os alunos deixavam os aparelhos desligados nas mochilas, mas não com os mesmos resultados.
O professor Samuel Matias menciona que, no início, alguns alunos sentem falta do celular e resistem à medida, como se estivessem perdendo uma parte importante da sua vida. No entanto, à medida que eles se adaptam, percebem que podem viver sem o telefone e que as relações interpessoais se intensificam e mudam de forma. O foco deslocado para atividades extracurriculares, como brincadeiras e jogos de lazer, ajuda a descontrair os jovens e a reforçar as relações interpessoais.
A adaptação dos alunos é facilitada pela rotina diária das atividades de lazer, que é reforçada para que os jovens possam se distrair do mundo digital e se concentrar nas atividades presenciais. O objetivo é oferecer uma experiência mais rica e enriquecedora, com um foco maior nas relações interpessoais, na concentração e no comportamento em sala de aula. A escola busca encontrar um equilíbrio entre o mundo digital e a vida presencial, permitindo que os alunos desenvolvam habilidades essenciais para o futuro.
Fonte: © G1 – Globo Mundo