O impacto do 5G na indústria e comércio: avanços e aplicações

1.022 municípios brasileiros têm antenas 5G, mas não todos estão em funcionamento. Operadoras têm até 2029 para levar tecnologia para todo o país, garantindo conexão confiável, ligações vídeo e jogos com tempos mínimos de resposta e rede que reduz latência.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirma que o 5G pode ser usado em 100% das cidades brasileiras, mas ainda há uma carência de antenas compatíveis em 82% delas.

Até 2022, não mais de 18% das cidades brasileiras tinham antenas compatíveis com a tecnologia 5G, conforme dados da Anatel divulgados recentemente. A ineficiência da expansão desse serviço de tecnologia no Brasil parece estar diretamente ligada à política de frequências. As empresas de telecomunicação brasileiras têm dificuldade em operar o 5G por causa da estrutura de frequências que a agência reguladora da área estabeleceu para as operadoras de telecomunicação no Brasil.

5G: A Nova Era da Comunicação Móvel

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou informações significativas sobre o 5G standalone, também conhecido como ‘5G puro’. Essa tecnologia é a mais avançada da geração de internet móvel, oferecendo benefícios inestimáveis. Com base nos dados de dezembro de 2024, é perceptível que 1.022 cidades brasileiras possuem antenas 5G (standalone ou não) dentre os 5.570 municípios do país. Essa não é uma questão de atraso das operadoras, que começaram a liberar o sinal em julho de 2022 e têm até o final de 2029 para levar a tecnologia para todo o território nacional.

A atualização dos dados revela que 33.345 estações rádio-base (ERBs) foram licenciadas por seis operadoras que venceram o leilão para uso da quinta geração de internet móvel. É importante esclarecer que os dados se referem a antenas licenciadas, mas não há garantia de que elas realmente estejam em funcionamento. Portanto, não é possível afirmar quantas cidades têm o sinal ativo.

A Anatel explicou que ‘se pressupõe que a estação esteja em plena operação se a empresa efetuar o seu licenciamento’. No entanto, a Conexis, representante das operadoras, declarou que as empresas podem licenciar a antena antes de elas entrarem em operação. Além disso, o funcionamento de uma antena pode ser interrompido pontualmente por fatores como falhas técnicas, furtos ou vandalismo, afirmou a entidade.

5G: A Tecnologia que Revoluciona a Comunicação

O 5G standalone é a versão mais avançada da quinta geração de internet móvel. No início da operação no país, operadoras ofereceram versões de transição, que ainda aproveitavam parte da infraestrutura do 4G. Essa tecnologia funciona na frequência de 3,5 GHz, que era destinada para o sinal da TV parabólica. As operadoras vencedoras dos blocos nacionais do leilão do 5G, como a Claro, a TIM e a Vivo, tiveram que financiar a mudança da faixa da parabólica para liberar seu uso para a internet móvel.

Com o padrão standalone, a rede diminui ainda mais a latência, isto é, o tempo mínimo de resposta do entre um aparelho e os servidores de internet. Assim, o ‘delay’ (ou atraso) em ligações de vídeo e em jogos online fica menor. Outra característica que faz essa versão se diferenciar de gerações de redes anteriores é a capacidade de lidar com muito mais dispositivos ao mesmo tempo. A conexão também se torna mais confiável, já que um aparelho pode se conectar com mais de uma antena ao mesmo tempo.

5G: A Tecnologia que Abre Portas para o Futuro

A expectativa é que essas características contribuam com avanços em setores como indústria, comércio, agricultura e saúde. Com o 5G standalone, as operadoras podem oferecer serviços mais avançados e eficientes, melhorando a experiência do usuário. Além disso, a tecnologia pode ser utilizada em aplicações de Internet das Coisas (IoT), permitindo a conexão de dispositivos inteligentes e a obtenção de dados em tempo real.

Fonte: © G1 – Tecnologia