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O Dia da Consciência Negra: Encontro Impossível em Palmares
História de quilombo desconhecido foi registrada em documentos oficiais, descobertos por um jornalista brasileiro, que conta a saga de uma comunidade que se estabeleceu em uma região remota, com fortificações de paliçadas, e que sofreu um naufragado que trouxe bandeirantes.
O Dia da Consciência Negra é um momento significativo para reflexão sobre a história e a luta dos negros no Brasil, e o Visão do Corre conta a história de um encontro improvável que simboliza essa luta. Três pessoas de diferentes origens, mas unidas na busca por liberdade.
Um náufrago árabe, que sobreviveu por acaso, é resgatado por um judeu, que ao seu turno, se junta à luta dos negros em um quilombo, localizado em Palmares. É um encontro que só poderia acontecer no Brasil, onde diferentes culturas e corpos se misturaram. O encontro de Zumbi, líder do quilombo, com essas pessoas diferentes, reforça a ideia de que a luta pela liberdade é um direito humano, independentemente da origem. E o Dia da Consciência Negra é um lembrete disso.
Um encontro improvável
A ajuda militar que Zumbi recebeu de um judeu e, especialmente, de um muçulmano, precisa ser lembrada. Embora desconhecida, esta parte da história nacional, documentada oficialmente, está contada em um livro-reportagem cujo título faz jus ao conteúdo.
O judeu Ben Suleiman, cuja família tem pequena propriedade rural, é preso pela Inquisição. O muçulmano o resgata. Fugitivos, vão parar no Quilombo dos Palmares, onde Zumbi os acolhe e logo reconhece a capacidade militar do mouro. Eles passam a lutar juntos.
Um herói inesperado
Personagem apaixonante, Saifudin, o capitão mouro, é valente, sábio e justo, tem fé inabalável. Foi dele a ideia de construir armadilhas por toda a floresta ao redor de Palmares – buracos com lanças pontudas de madeira, cobertos com galhos e folhas. Fatais, as armadilhas impuseram derrotas ao bandeirante Domingos Jorge Velho, contratado para derrotar Palmares. Em uma ocasião, os palmarinos tomaram seus mantimentos.
Foi também do capitão mouro a ideia de cercar Palmares com paliçadas, proteção com estacas que mediam sete quilômetros, protegendo o quilombo. O mercenário Jorge Velho teve que aumentar seu exército e trazer mais armas, como canhões. No final da luta contra Palmares, eram 10 mil atacantes contra mil negros, entre eles o judeu e o mouro.
A importância da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro, data da morte de Zumbi em 1695. É um dia para lembrar a luta pela liberdade dos quilombos e a importância da Consciência Negra na história do Brasil. A Consciência Negra é a conscientização da luta histórica e atual dos negros no Brasil, desde a escravidão até os dias atuais. É um movimento que visa a igualdade racial e a justiça social.
A resistência de Palmares
O Quilombo dos Palmares foi fundado por Zumbi e outros negros fugidos da escravidão. Ele se tornou um símbolo da resistência negra no Brasil. A resistência de Palmares foi liderada pelo capitão mouro, que construiu armadilhas e paliçadas para proteger o quilombo. A luta contra Palmares foi longa e difícil, mas os palmarinos nunca se renderam.
A importância do livro de Georges Bourdoukan
O livro de Georges Bourdoukan, ‘A Incrível e Fascinante História do Capitão Mouro’, é um clássico da literatura brasileira. Ele conta a história da amizade de Zumbi com o judeu Ben Suleiman e o muçulmano Saifudin, e a importância da Consciência Negra na história do Brasil. O livro é um testemunho da luta pela liberdade e igualdade racial no Brasil.
Fonte: @ Terra