O cinema brasileiro: uma expressão histórica

O filme nacional “Deus é Brasileiro” alcança expressiva bilheteria e carrega uma comédia política, iniciando a corrida ao Oscar em 2024.

O filme ‘Ainda Estou Aqui’, dirigido por Walter Salles, alcançou mais de 3 milhões de espectadores nos cinemas brasileiros desde sua estreia em 7 de novembro. Este sucesso nos cinemas só reforça a importância do cinema como plataforma para a expressão de histórias.

Com uma história que aborda temas atuais, o filme tem cativado o público de todo o Brasil, que se sente representado pelas narrativas que o cinema brasileiro tem a oferecer. O cinema brasileiro tem encontrado um nicho de audiência cada vez mais forte, especialmente em décadas mais recentes, e o ‘Ainda Estou Aqui’ é mais um exemplo disso, com um público de mais de 3 milhões de espectadores nos cinemas. Este sucesso é um reflexo da capacidade do cinema de capturar a essência da sociedade contemporânea.

Cinema Brasileiro Bate Recorde

A produção de longa metragem ‘Ainda Estou Aqui’, divulgada recentemente pelo portal Filme B, tornou-se a primeira obra nacional a alcançar números expressivos nas bilheterias desde o início da pandemia. Notas relacionadas ‘A história da rainha Elizabeth II: um filme que aborda a vida da monarca ‘A morte de um herói: ‘Top Gun: Maverick’ ultrapassou o bilheteria de ‘Titanic’ em alguns países ‘Avassalador! ‘Guardiões da Galáxia 3’ ultrapassa o recorde de bilheteria do cinema brasileiro

Antes disso, ‘Minha Mãe É uma Peça 3’ foi o último título nacional a superar essa marca, com mais de 9 milhões de ingressos vendidos desde sua estreia em dezembro de 2019, tornando-se a maior bilheteria do cinema brasileiro. Comédia estrelada por Paulo Gustavo, que se tornou uma referência cultural e política. Celebrando o sucesso da obra, o diretor Walter Salles destacou o impacto cultural e político gerado pelo filme. ‘Tão importante quanto o retorno do público ao cinema para viver uma experiência coletiva, é o amplo debate que o filme está gerando. O livro de Marcelo [Rubens Paiva] deflagrou essa possibilidade, e temos muito a agradecer a ele e às suas irmãs Vera, Eliana, Nalu e Babiu pela confiança e apoio constantes’, afirmou em comunicado.

O diretor também relacionou a narrativa do filme ao contexto político atual: ‘A luta de Eunice Paiva tem muito a dizer sobre a política de 2024, como escreveu o crítico de cinema Bruno Carmelo. Em um momento de apagamento da memória, a história da família Paiva nos lembra que a ditadura militar não foi uma abstração. Da mesma forma como a tentativa de golpe militar no final de 2022 também não foi.’ Elenco e equipe celebrados Salles também enalteceu a equipe envolvida na produção. ‘Sem as excepcionais Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, sem o craque Selton Mello, sem a sensibilidade dos nossos roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega e cada um dos ótimos atores e técnicos da equipe de ‘Ainda Estou Aqui’, o filme não seria o que é. Esse é o momento para celebrar o filme como expressão de um trabalho essencialmente coletivo do cinema brasileiro.’

Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva na primeira fase da trama, enquanto Fernanda Montenegro assume o papel na etapa final. Selton Mello vive Rubens Paiva, deputado federal assassinado em 1971 durante a ditadura militar, cujo corpo nunca foi encontrado. Reconhecimento internacional e prêmios Além do sucesso comercial, ‘Ainda Estou Aqui’ já conquistou sete prêmios, incluindo Melhor Roteiro no Festival de Veneza. O filme também recebeu duas indicações ao Globo de Ouro, nas categorias Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz de Drama para Fernanda Torres. Com a boa recepção de público e crítica, o filme é apontado como forte candidato ao Oscar em categorias como Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz (Fernanda Torres) e Melhor Roteiro Adaptado. A trama, que aborda temas ligados à história recente do Brasil e aos direitos humanos, reforça sua relevância entre as produções nacionais mais impactantes da década.

Fonte: @ Terra