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O Brasil no centro da política global

Conferência das Nações Unidas marca o ápice da diplomacia brasileira, com discussão sobre Desenvolvimento Sustentável, Aliança Global contra a Fome e Declaração Conjunta das Nações, buscando reduzir a Desigualdade Social.
O Brasil, país que abriga grande parte da biodiversidade do planeta, esteve presente na COP 27 com o objetivo de reafirmar seu compromisso com a mitigação do aquecimento global. Após a vitória nas urnas e a posse ao 3º mandato, o presidente Lula embarcou para o Egito em novembro de 2022, garantindo que o Brasil recolocaria no centro da geopolítica.
No dia 7 de novembro de 2022, Lula participou da abertura da COP 27, enfatizando a importância da cooperação internacional na luta contra as mudanças climáticas. Em seu discurso, destacou a necessidade de ação conjunta entre os países membros da União, para que o Brasil possa continuar a contribuir para a Governo da Terra, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.
O ressurgimento do Brasil no cenário internacional
O lema ‘O Brasil voltou!’ assume um novo significado, refletindo o esforço pessoal do presidente em superar o desgaste sofrido pelo País durante o governo Bolsonaro, especialmente na área ambiental, após dois anos de declarações polêmicas e eventos internacionais. Nesse contexto, Lula presidirá a cúpula de líderes do G20 no Rio de Janeiro, reunindo 19 países e organizações internacionais.
Liderança do Brasil no G20
A cúpula do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, representará um marco importante na presidência temporária do Brasil no grupo. A declaração conjunta das nações encerrará a liderança brasileira, que será transferida para a África do Sul. A segurança na capital federal e fluminense foi reforçada após as explosões na Praça dos Três Poderes, mas não afetou a agenda do presidente Lula e do G20.
Consequências internacionais
O evento do G20 coloca o Brasil na pauta internacional, ampliando a agenda para a COP 30 em Belém no próximo ano. No entanto, a recente vitória de Donald Trump na presidência dos EUA e sua resistência a mobilizações globais e defesa ambientais podem enfraquecer a repercussão do evento. Independente disso, o G20 dominará a agenda internacional, com a visita do presidente chinês Xi Jinping a Brasília na quarta-feira 20, feriado nacional pelo Dia da Consciência Negra.
Ação conjunta do Brasil e China
Lula e Xi Jinping deverão firmar acordos comerciais durante a visita do chinês. Além disso, os temas propostos para discussões no G20 incluem o combate à fome, pobreza, desigualdade, desenvolvimento econômico, meio ambiente, reforma da governança global e conflitos geopolíticos. O Brasil já obteve consenso e adesões à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e boa receptividade à vinculação entre o comércio e desenvolvimento sustentável, bem como à proposta de taxação de super-ricos com alíquota de 2% da riqueza de bilionários no mundo.
Intenção de governança
Internamente, a iniciativa semelhante do governo, que propunha a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas com foco em bens a partir de R$ 10 milhões, não prosperou na Câmara. Há três semanas, a Câmara rejeitou a medida, que visava reduzir desigualdades e bancar o aumento da faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000. O Congresso não chancelou a ideia num momento em que cortar despesas tornou-se imperativo. O aguardado conjunto de medidas de corte de gastos deve ser anunciado após o G20, com um corte de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e todas as rubricas do Orçamento subordinadas, ‘à medida do possível’, a crescimento real de 2,5%.
Fonte: @ NEO FEED