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Modelo de Pedágio Eletrônico no Brasil

Concessionárias reduzem inadimplência de motoristas desatentos no sistema eletrônico de pórtico instalado em rodovias brasileiras, estaduais
Algumas rodovias brasileiras estão experimentando o pedágio eletrônico, uma inovação que promete facilitar o pagamento de taxas de pedágio, dispensando a passagem por cabines físicas. Esta medida é capaz de reduzir o tráfego de veículos e minimizar congestionamentos, o que traz benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a segurança dos motoristas.
A adoção do pedágio eletrônico está gerando confusão entre os motoristas, pois muitos ainda não entenderam completamente como funciona. O uso do pedágio eletrônico é uma opção cada vez mais popular entre os motoristas que buscam evitar filas e dinheiro em espécie. Sem a necessidade de parar em cabines de pedágio, o fluxo de tráfego pode se tornar mais suave e eficiente. No entanto, é importante ressaltar que o pedágio eletrônico ainda não é amplamente adotado em todas as rodovias, e os motoristas devem estar atentos às áreas onde ele está em operação para evitar multas. Além disso, é fundamental entender como funciona o sistema de pagamento eletrônico para evitar problemas posteriores.
Operação do Sistema Eletrônico de Pedágio
A falta de conhecimento sobre o funcionamento do sistema de pedágio eletrônico é o principal responsável pelo aumento significativo de multas registradas nas estradas que adotaram o sistema free flow, especialmente para os motoristas que não utilizam a tag de pagamento. Essa tag, adesivo com código de barras, é instalada no veículo e debita automaticamente a tarifa na fatura da concessionária. No entanto, a funcionalidade do novo modelo, que seria um trunfo do sistema, virou um pesadelo para os motoristas desatentos, sujeitos à multa por evasão de pedágio, uma infração grave que implica cinco pontos na CNH e uma penalidade de R$ 195,23. O free flow funciona sem cabines nem cancelas, permitindo que o motorista passe por um pórtico instalado na rodovia sem precisar reduzir a velocidade.
Sistema Eletrônico de Alta Tecnologia
Um sistema eletrônico de alta tecnologia, que inclui scanners 3D, radares, câmeras, leitores de placa e dados processados por inteligência artificial, identifica as características do veículo, registrando automaticamente o valor a ser pago. Quem não possui a tag, precisa baixar um app para o pagamento. Desde março de 2023, com a instalação dos primeiros pórticos que registram a passagem dos carros em três trechos da BR-101 (Rio-Santos), entre Paraty e Angra dos Reis, sob concessão da CCR, o free flow passou a ser utilizado em outras rodovias.
Adoção do Free Flow em Rodovias Estaduais
Este ano, substituiu as cabines de pedágio em três rodovias estaduais do Rio Grande do Sul (operadas pela concessionária CSG), e foi adotado em outras duas rodovias paulistas: na SP-333, em Itápolis e Jaboticabal, e no Contorno Sul da Rodovia dos Tamoios, recém-aberto no Litoral Norte. Para 2025, porém, o motorista deverá ficar atento porque o pedágio eletrônico vai passar a ser utilizado em rodovias movimentadas, incluindo a de maior tráfego do País. A Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, vai instalar, até março, 21 pórticos entre os km 205, em Arujá, até o km 230, na chegada da capital paulista.
Relatório de Operação do Free Flow
Um relatório divulgado em novembro, com o balanço de 20 meses de operação do free flow no trecho fluminense sob concessão da CCR, revela que o tempo para pagamento da tarifa nas passagens pelos pórticos caiu drasticamente ao longo do tempo, passando de 54 dias em média em março de 2023 (quando foi instalado na Rio-Santos), para 6 dias entre agosto e outubro deste ano. Este é um número relevante, considerando a região em que o free flow está inserido, local em que as tags são utilizadas, na maioria dos casos, apenas para o pagamento de pedágio, segundo Cleber Antonio Chinelato, gerente-executivo de recnologia da CCR, no relatório, feito em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a ANTT, o sistema foi capaz de detectar 100% dos veículos que passaram pelos pórticos. Destes, 99,53% tiveram a tag corretamente lida e 99,64% das placas foram lidas sem erros.
Inadimplência e Multas
O elevado número de multas é um problema significativo, especialmente para os motoristas que não estão cientes do funcionamento do sistema de pedágio eletrônico. A falta de conhecimento sobre o sistema e a inadimplência são os principais responsáveis pelo aumento das multas. O pedágio eletrônico é uma ferramenta importante para o sistema de transportes, mas precisa ser utilizado corretamente para evitar problemas e multas.
Fonte: @ NEO FEED