Negócios
M. Dias Branco: Desafios na Estrada da Superação
Fabricante de massas e biscoitos enfrenta desafio competitivo após terceiro trimestre, com queda nas ações, estoques reduzidos, desvalorização cambial e preços em alta, afetados por commodities e desvalorização, tornado o mercado uma tempestade perfeita para compartilhar a desvalorização.
A M. Dias Branco, maior fabricante de massas e biscoitos do Brasil, é dona de marcas como Adria, Basilar e Vitarella, além da Piraquê. A empresa liderou as perdas na manhã desta segunda-feira, 11 de novembro, nas negociações da B3, com sua ação registrando uma queda de mais de 12% no período.
A queda foi um impacto significativo para os investidores, que tiveram que valorizar suas ações para lidar com a perda. A M. Dias Branco tem uma longa história de sucesso no mercado, mas a desaceleração econômica afetou sua performance. Com uma diversidade de marcas, a empresa tenta se manter relevante no mercado, mas a concorrência é feroz.
Resultados da M. Dias Branco & Cia. não foram bem digeridos pelos investidores
O terceiro trimestre de 2024 da M. Dias Branco & Cia., empresa líder no setor de alimentos, foi marcado por uma série de fatores que contribuíram para a derrocada do papel na bolsa de valores brasileira. Os resultados financeiros divulgados na sexta-feira, 8 de novembro, após o fechamento do pregão, desagradaram os investidores e analistas, conforme destacado pelo Itaú BBA em seu relatório intitulado ‘Um trimestre para esquecer’. O banco enfatizou que os números do período foram mais fracos do que o esperado, com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caindo 48,1% anualmente, o que representa uma queda de cerca de 30% em relação às estimativas. Além disso, a margem Ebitda de 9,5% também foi citada como um indicador preocupante.
Ao analisar a situação, os especialistas da M. Dias Branco & Cia. enfrentaram uma
tempestade perfeita
no terceiro trimestre, com o cenário de preços
competitivos intensos
, varejistas reduzindo
estoques
, um ambiente volátil para
commodities
e
desvalorização cambial
. Em suas palavras, os analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto enfatizaram que a empresa enfrentou um
desafio competitivo
significativo, o que impactou negativamente os resultados.
De acordo com o Itaú BBA, a empresa enfrentou um
desafio competitivo
significativo no terceiro trimestre, com os preços consolidados no período superando os dados do banco e do IPCA, mas pesando nos volumes. No segmento principal do grupo, como os
biscoitos e margarina
, os volumes caíram tanto em base anual como na comparação trimestral. Embora o
preço consolidado
da M. Dias aumentado em quase 10% trimestre a trimestre, a concorrência desafiadora, juntamente com estoques menores dos varejistas, resultou em uma perda de receita de 5%.
O Itaú BBA também destacou a falta de visão clara sobre os patamares dos volumes e margens daqui para frente, sugerindo que elas não permanecerão em seus níveis históricos. No entanto, o banco destacou as iniciativas da companhia em melhorar sua
eficiência
ao reorganizar suas operações e políticas de preço, afirmando que essas ações levarão algum tempo para se refletirem no balanço. Com isso, o banco manteve sua classificação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 34 para a ação.
O BTG Pactual, por sua vez, ressaltou os
desafios escondidos
para a empresa e o fato de que não foram apenas os números que desagradaram, mas a falta deles, em uma referência ao novo formato de divulgação do balanço da empresa.
Fonte: @ NEO FEED