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Jesus ameaça o poder romano
As periferias e seus moradores sofrem com preconceitos semelhantes ao desdém em relação a Nazaré, berço de Jesus, onde a arte da periferia é subestimada e as condições de vida em condições precárias não acreditam no seu valor, sob o olhar do império romano da sociedade.
O filme _O Nazareno_ retrata Jesus, o filho de Deus, vivendo entre o povo pobre de Nazaré, demonstrando sua forte ligação com as classes sociais mais humildes. Em um contexto atual, podemos imaginar Jesus entre as comunidades periféricas do Brasil, em favelas ou com pessoas em situação de rua.
Em uma série do canal _Visão do Corre_, a vida e a morte de Jesus são retratadas sob a perspectiva de um personagem periférico. A obra narra como Jesus, o _Cristo_ do futuro, se conecta com as pessoas que mais precisam, demonstrando sua forte conexão com as classes sociais mais humildes. A sua vida é uma inspiração para aqueles que buscam mudanças sociais.
O Descenso ao mundo de Jesus Cristo
A obra de arte do canadense Timothy Schmalz, localizada no jardim da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, apresenta uma visão inusitada de Jesus Cristo como um morador de rua, ressaltando a afinidade entre o Ser Divino e os desvalidos da sociedade. Foto: Fernando Frazão/AB
Jesus, o rejeitado do mundo
‘Jesus nasceu na Cisjordânia, no mundo palestino, que era o mundo rejeitado da época. Então, se a gente for usar o paralelismo concreto, material, geográfico, ele nasceria na periferia das grandes cidades. Acho que Jesus nasceria lá na Cracolândia’, declara o padre Júlio Lancellotti, enfatizando a proximidade entre o mundo rejeitado e o nascimento de Jesus.
Os primeiros a saber do Filho de Deus
Os primeiros a saber do nascimento de Jesus são os pobres de Nazaré, os quais, apesar de serem considerados uma maldição e heréticos, demonstram uma grande reverência por Jesus, chegando a visitá-lo com presentes raros. Notícias relacionadas:
Jesus pregou na periferia do Império Romano
Frei David Santos destaca que Jesus pregava na periferia do Império Romano, refletindo sua preocupação com a situação das pessoas marginalizadas e oprimidas. Conheça o artista periférico que só pinta Jesus preto
Jesus, a voz dos oprimidos
O pastor Leandro Rodrigues cita o evangelho de João, onde o apóstolo Filipe fala de Jesus a Natanael, que questiona se uma pessoa virtuosa pode vir de Nazaré. O filho de Maria ‘era desacreditado da mesma maneira que a sociedade não acredita nos talentos e nos potenciais de muitos que vivem nas periferias, nos morros, nas favelas’. Para o líder da Igreja Inclusiva Habitar, Jesus ‘certamente’ nasceria em um hospital público, em condições precárias, ‘para depois ser criado de forma igualmente precária na periferia, onde seus milagres se manifestariam de maneira surpreendente’
Jesus, a ameaça ao poder
André Chevitarese, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), compara Jesus com muitos camponeses simples e anônimos, que buscam transformar a realidade. O professor destaca que ‘por trás da narrativa mítica do nascimento de Jesus se esconde um vocabulário político de violenta resistência aos impérios, principalmente o romano, lá atrás, ou o americano, hoje em dia’. A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo’ – Tiago, 1:27
Jesus, uma voz de resistência
Frei David Santos destaca que, no contexto histórico, Jesus estava posicionando-se contra o império romano e seu sistema de opressão. O frei menciona três favelas brasileiras onde Jesus nasceria: Ceilândia, no Distrito Federal; Rocinha, no Rio de Janeiro; e Paraisópolis, em São Paulo. ‘Se ele nascesse em uma delas, com certeza teria sido espancado, torturado e, talvez, condenado sem o devido processo legal’, afirma o frei. O pastor Leandro Rodrigues cita o evangelho de Lucas, onde Jesus afirma que ‘o Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas-novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos’ – Lucas, 4:18
Fonte: @ Terra