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França enfrenta impasse político e econômico
O governo procura aprovar um projeto de Orçamento de 2025 de forma desesperada, sem passar pelo voto da Assembleia Nacional, o que poderia levar à queda do governo. Isso causa um impasse político e agravaria a crise fiscal. O partido de extrema-direita poderia perder mercado financeiro com essa manobra.
A França está em meio a uma crise, com o primeiro-ministro Michel Barnier desempenhando um papel de destaque na situação. Desde a segunda-feira, 2 de dezembro, ele está utilizando o artigo da Constituição francesa para aprovar o projeto de Orçamento do ano seguinte sem a Assembleia Nacional.
Em meio a esta crise, é claro que a França está enfrentando um desafio significativo no mercado, com uma superposição entre superávit e déficit. Além disso, as pressões no setor financeiro estão causando tensão no governo, com o partido politiqueiro em busca de soluções para equilibrar o orçamento. O governo agora enfrenta um dilema difícil, com a necessidade de equilibrar o Orçamento e manter a confiança do mercado. Isso é ainda mais significativo, considerando que o governo precisa controlar os gastos e evitar cortes em serviços essenciais.
França: A manobra desesperada de Barnier para equilibrar o orçamento
O governo francês, liderado pelo recém-empossado Chefe de Governo, Barnier, enfrenta uma crise fiscal sem precedentes. Com um déficit do Orçamento de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, Barnier optou por uma manobra radical para equilibrar o orçamento, propõe cortes de despesas de €60 bilhões e aumento de impostos para reduzir o déficit, mas com pouquíssimas chances de ser aprovada na Assembleia Nacional. A França está em piores dificuldades fiscais do que a Grécia, Espanha e Itália, com uma dívida pública de €3,2 trilhões, ou mais de 112% do PIB do país
Orçamento francês: O projeto de Barnier sob ameaça
O Chefe de Governo, Barnier, anunciou uma proposta de Orçamento para 2025, com corte de despesas de €60 bilhões e aumento de impostos para reduzir o déficit do Orçamento. A medida, no entanto, enfrenta resistência do Reunião Nacional, partido de extrema-direita com maior número de cadeiras na Assembleia, que ameaça derrubar Barnier. Se isso ocorrer, seria o mais curto governo francês desde 1962. O mercado financeiro reagiu negativamente à notícia, com o euro caindo 0,9% ante a cotação do dólar e o índice CAC 40 caído 0,5%.
Impasse político e desafios fiscais
A França enfrenta um impasse político e desafios fiscais sem precedentes. O déficit do Orçamento é de 6,1% do PIB em 2024, muito acima do limite de gastos do governo estabelecido pela União Europeia, de 3% do PIB. A dívida pública é de €3,2 trilhões, ou mais de 112% do PIB do país. O aumento do desemprego, que agora está em 7,4%, também causa preocupação. O economista do Goldman Sachs, Alexandre Stott, escreveu que as perspectivas fiscais de médio prazo da França continuam ‘desafiadoras’, com uma correção significativa de curso improvável até as próximas eleições presidenciais em 2027. O Goldman Sachs rebaixou sua previsão de crescimento do PIB para a França em 2025 para 0,7%, abaixo do consenso de 0,9% e muito abaixo da projeção do governo de 1,1%.
Fonte: @ NEO FEED