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Eleição no Uruguai: um cenário muito competitivo para as urnas.
Neste domingo, quase 3 milhões de eleitores aptos votam. Yamandú Orsi, do governo da Frente, e Álvaro Delgado, do da esquerda, concorrem. Pesquisas apontam empate.
No domingo (24), o Uruguai vai às urnas para definir quem será o próximo presidente do país. A disputa entre os dois principais candidatos, Yamandú Orsi e Álvaro Delgado, é considerada acirrada e as pesquisas mostram que os dois estão tecnicamente empatados.
Na última semana, os candidatos participaram de debates televisivos, onde discutiram temas como economia, educação e saúde. Yamandú Orsi, candidato da esquerda, prometeu investimentos em áreas como saúde e educação. Já Álvaro Delgado, candidato da direita, defendeu a abertura econômica e a redução de impostos.
Uruguai: urnas eletrônicas marcariam as urnas em urnas
OUruguai, o país com o maior número de urnas de todos os países da América do Sul, está prestes a eleger o seu novo presidente. Neste domingo, 46 milhões de eleitores terão a oportunidade de escolher entre dois candidatos: o esquerdista Yamandú Orsi, de 57 anos, e o conservador Luis Lacalle Pou, de 55 anos. Ambos disputam o segundo turno, após o primeiro turno ter acontecido no dia 27 de outubro.
O resultado das urnas foi surpreendente, com Orsi tendo recebido 46,1% dos votos, enquanto Lacalle Pou recebeu 28,2%. A campanha de Orsi foi apoiada pelo ex-presidente José Mujica, que governou o Uruguai entre 2010 e 2015. Orsi já trabalhou como professor de história e foi governador de uma das regiões do Uruguai, enquanto Lacalle Pou trabalhou como veterinário e foi secretário da Presidência.
Nos últimos dias de campanha, Orsi apostou em tentar convencer os eleitores pelos bons resultados das urnas legislativas. O partido dele, a Frente Ampla, conquistou 16 das 30 cadeiras do Senado, além de 48 das 99 vagas na Câmara. ‘Temos as condições para assumir nosso país e continuar trabalhando com base em acordos, mas também com uma atitude firme e determinada para levar adiante as transformações que o país necessita’, afirmou Orsi.
Já Lacalle Pou tem usado o legado de Lacalle Pou na presidência do Uruguai na campanha. Conquistas nas áreas de segurança, infraestrutura, saúde e economia foram exploradas pelo candidato da direita. ‘[Vai nos eleger] uma maioria silenciosa que não tem bandeira, que não tem faixas, que hoje prefere a continuidade de um governo que foi melhor que o governo da Frente Ampla’, disse em um comício.
Uma pesquisa eleitoral publicada na segunda-feira (18) mostrou que Orsi tem 47% das intenções de voto, enquanto Lacalle Pou aparece com 46%. Como a margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão empatados. Quase 3 milhões de eleitores estão aptos a votar no Uruguai.
Quem vencer as urnas governará o país por cinco anos. A legislação atual não permite reeleição. Embora Orsi tenha subido em todas as pesquisas, a diferença sobre Lacalle Pou diminuiu. É um cenário muito competitivo, diz o sociólogo Eduardo Bottinelli, diretor da consultoria Factum. ‘O país está dividido em duas metades’ e é ‘razoável’ estimar que a eleição será definida por menos de 50 mil votos, completa.
Em 2019, o pleito foi decidido por apenas 37 mil votos. ‘Ainda que a vitória seja por margens estreitas, não se espera que o resultado seja contestado. Quem perder aceitará isso pacificamente e será aberta uma etapa necessária de negociação entre os dois blocos’, diz Bottinelli.
Os segundos do Uruguai estão ansiosos para saber quem será o próximo presidente do país. Quem será o próximo presidente do Uruguai será decidido pelo resultado das urnas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo