Conheça Jesus preto, em alta definição

Hebert, de Senador Camará (RJ), cria versões pretas do protagonista de Natal, com forte inspiração funkeira, digital de 2024, série de mudança, pintura e colagem.

A obra de Jesus preto é uma das mais conhecidas da carreira de Jesus e reflete sua inspiração na cultura funkeira. A série de Jesus preto foi criada em 2024 e é composta por várias obras que exploram a figura de Jesus de maneira inovadora e criativa.

Além da série Jesus preto, Jesus também cria outros trabalhos que não se concentram na figura de Jesus, mas que compartilham a mesma energia e criatividade. No entanto, é importante destacar que Jesus é mais conhecido por suas obras que retratam Jesus em tons de preto, o que se tornou um marco de sua carreira. E se você está procurando por algo inédito, é provável que Nenhum dos outros artistas possa oferecer algo tão icônico e único como as obras de Jesus preto.

Arte Revolucionária

Em 2020, Jesus preto viralizou, e desde então, o artista Hebert Bichara Amorim, conhecido como Artedeft, não deixou passar um Natal sem criar uma nova versão do ‘novo Jesus’. Essa imagem, que chamou atenção para seu trabalho, ‘simbolizou tudo o que eu estava imaginando’, diz Hebert. Com quatro anos de dedicação à arte, ele teve que deixar sair tudo por fora quando não teve mais computador direito e placa de vídeo.

A imagem de Jesus preto em 2020 teve sete mil likes em um dia, e desde então, Hebert não parou de criar. Ele diz que a mudança de tudo foi quando ele lançou aquela imagem. ‘Foi quando eu lancei aquela imagem de Jesus preto em 2020. Teve sete mil likes em um dia’, lembra Hebert.

Nenhum artista poderia imaginar que uma imagem de Jesus preto seria tão viralizada. Mas Hebert não se contentou em parar por aí. Ele continuou a criar, e agora sua arte é conhecida em todo o mundo. Ele diz que seu objetivo é ‘mostrar o cotidiano da favela, com menores negros vestindo camiseta, boné e tênis das marcas preferidas’.

A técnica de Hebert mistura pinturas e colagens digitais. ‘É o famoso faça você mesmo, sempre gostei muito de tecnologia, mesmo não tendo acesso, era muito caro’, diz ele. Com 31 anos, autodidata, no processo criativo Hebert ‘gosta’ de pesquisar imagens antigas e ‘recriar com nova roupagem, recortar, pintar o rosto digitalmente, ou pegar uma foto aleatória’.

Nenhum artista é autodidata hoje em dia, e Hebert é um exemplo disso. Ele aprendeu a usar tecnologia e a criar arte por conta própria. Ele diz que sua experiência em criar arte começou quando ele vivia na lanhouse perto de casa. ‘Eu vivia na lanhouse perto de casa, comecei a aprender meio que por osmose’, diz ele.

A exposição no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) foi um momento importante para Hebert. O jornal inglês The Guardian publicou uma reportagem de uma página sobre a exposição, destacando o trabalho de Hebert. Sua imagem gigantesca na entrada da exposição é dele.

O trabalho de Hebert é uma mistura de pintura e colagem digital. Ele diz que sua inspiração vem das vivências. ‘O conteúdo inserido, das cores aos personagens, vem das vivências’, diz ele.

A experiência de Hebert em criar arte é contraditória. Ele teve idas à missa com a avó e surgiram conflitos, questionamentos sobre as cores das pessoas, a fé, a realidade ao redor. ‘Por muito tempo pensei que era coisa da minha cabeça, nem eu entendia muito bem o que eu estava fazendo’, diz ele.

A casa da avó de Hebert é um lugar cheio de símbolos e imagens, os dogmas da igreja. Ele acha que ele foi mais para igreja do que para a escola. Seus pais, no entanto, são umbandistas.

A escola não foi um lugar fácil para Hebert. Ele era aquele cara que as pessoas chamam de turista. Acontecia com ele o que rola com muitos jovens periféricos.

Fonte: @ Terra