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A memória do astro Al Pacino
Ator de 84 anos, que desempenhou Michael Corleone, em O Poderoso Chefão, relembra duras memórias de sua infância e adolescência italiana marcada por paixão.
Na glória de sua carreira, Al Pacino foi capaz de deslumbrar o público com uma interpretação inesquecível do personagem Michael Corleone em O Poderoso Chefão. Este épico que conquistou o mundo, transcendeu gerações e continua a ser um clássico inigualável, com performances que seguiram sendo lembradas por décadas.
Na década de 1970, quando Al Pacino encontrou-se em plena Sicília, trabalhando em O Poderoso Chefão, ele era, na verdade, um desconhecido nome em Hollywood. Paradoxalmente, este desconhecido não sabia que o destino reservava-lhe um futuro tão poderoso. Caso em questão, durante as filmagens, o diretor Francis Ford Coppola pediu aos atores para conversarem com as pessoas da figuração local, mas, com uma surpresa para todos, não houve um único morador loca l que falasse inglês.
Detalhes Sobre a Infância Solitária de Al Pacino
Em sua infância, Al Pacino, apesar de crescer em uma família italiana em Nova York, não dominava o italiano, pelo menos não o suficiente para suas intenções, uma vez que o italiano representava a ligação com sua ancestralidade e sua identidade cultural. Coppola, seu futuro mentor, posteriormente solicitou que os recém-casados dançassem uma valsa, revelando um desconhecido lado do ator, pois ele não sabia dançar. Depois disso, Pacino admitiu não saber dirigir um carro, tornando-se o objeto de uma reação raivosa de Coppola, que questionou a habilidade do ator em geral. Este episódio demonstra como, apesar de suas qualidades como ator, Pacino tinha uma vida pessoal que era desconhecida do público e que era enfrentando desafios.
Pacino: Uma Vida de Poderoso Drama e Memórias
O livro Sonny Boy: Autobiografia, escrito por Al Pacino, oferece uma visão fascinante sobre o caminho percorrido pelo ator desde sua infância até se tornar uma das figuras mais icônicas do cinema. Embora a obra possa comover os fãs com histórias de sua vida, Pacino optou por dedicar um bom número de páginas ao relato de sua infância desolada e solitária. Seu pai abandonou a família, e a mãe, apesar de doce, lutava com problemas psiquiátricos, instruindo Pacino a se esconder no cinema para escapar da dor e da solidão. O termo ‘Sonny Boy’, que significa ‘filhinho’, era um apelido que a mãe lhe deu e que mais tarde se tornou seu apelido familiar, uma referência ao seu carisma no cinema.
Uma Vida Roubada e Redescoberta
Pacino conta sua história com o olhar de um octogenário sábio, interpretando lembranças como se fossem cenas de um filme. Sua mãe, uma mulher linda, mas delicada e emocionalmente frágil, marcou a vida de Pacino com sua luta contra o suicídio e sua sobrevivência. Após o evento, ele foi levado a viver nas ruas, onde os relacionamentos com amigos da rua lhe deram esperança e sustento. Entre esses amigos, alguns se perderam no crime, enquanto ele parecia vencer a morte com frequência, como um gato com sete vidas. Pacino lembra de acidentes e confusões que poderiam preencher um livro inteiro, escolhendo apenas alguns para contar.
Uma Criança com Um Olhar para o Futuro
A paixão por beisebol estimulada pelo avô talvez tenha sido o fator que o livrou da delinquência e das drogas. Ele gostava de jogar, mas era ainda mais talentoso nas peças da escola, ganhando o apelido de ‘o próximo Marlon Brando’. Aos 16 anos, ele teve de abandonar os estudos para trabalhar e sustentar ele mesmo e a mãe, sendo um exemplo de como a vida pode ser dura, mas a paixão e o talento podem ser as chaves para o sucesso.
Fonte: @ NEO FEED