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A eleição de 2024: estratégias e jogadas políticas

O bilionário destaca a importância da campanha on-line, com plataforma de mídia, para engajar seguidores e superar de barreiras políticas. Ele espera influir na cadeia de comando governamental.
Em 2015, a campanha eleitoral do então candidato a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi marcada pela presença de figuras públicas e empresários que o apoiaram. Dentre os mais conhecidos, estava o empresário Elon Musk, que em sua conta de Twitter, já havia se manifestado em apoio ao então candidato.
A eleição presidencial dos Estados Unidos em 2020, novamente contou com Elon Musk como um dos principais apoiadores de Donald Trump, que buscava um segundo mandato. Contudo, no segundo turno da eleição, Donald Trump perdeu para Joe Biden, o que levou a uma reestruturação da cena política norte-americana. Nessa ocasião, Elon Musk também se manifestou sobre os resultados da eleição, afirmando que Donald Trump perdeu por causa de seus erros e reclamações sobre o processo eleitoral.
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O bilionário empresário, conhecido por sua declaração de voto para o republicano em julho, formou o PAC America e financiou o grupo político pró-Trump com pelo menos US$ 118 milhões do seu próprio dinheiro, acumulando um retorno de mais de US$ 20 bilhões em apenas um dia após a oficialização da vitória do republicano. Mas o que ele espera em troca? Na terça-feira (5), dia da eleição eleitoral americana, ao fazer uma transmissão ao vivo direta de seu jatinho, a caminho da Flórida para participar da festa de apuração dada por Trump, o empresário disse aos seus seguidores que a campanha presidencial de 2024 é apenas o começo de suas ambições políticas, destacando a importância da campanha eleitoral.
Cadeia de Influência
O America PAC vai continuar depois desta eleição e se preparar para as eleições de meio de mandato e quaisquer eleições intermediárias, influenciando fortemente a cadeia de eventos políticos. O bilionário empresário tem um poder único, resultado de sua imensa riqueza, estimada em mais de US$ 260 bilhões, e seu enorme e engajado grupo de seguidores on-line, que controla uma grande plataforma de mídia social.
Plataforma de Mídia
Além disso, o empresário tem um enorme e engajado grupo de seguidores on-line e o controle de uma grande plataforma de mídia social, o que lhe dá um enorme poder de influência. ‘Você tem o homem mais rico do mundo, que também é o dono do maior ou mais visível quadro de mensagens políticas on-line, que também é um dos mais proeminentes representantes do Partido Republicano’, destaca Tyler Brown, ex-diretor digital do Comitê Nacional Republicano, ao ‘The Washington Post’. ‘Nós vemos essas partes independentemente, mas é único vê-las se unirem em uma função’, acrescenta.
Seguidores e Engajamento
Publicamente, Trump e o empresário já haviam anunciado que, em caso de vitória nas urnas, o bilionário deve trabalhar em uma comissão do governo, que foi batizada de DOGE pelos apoiadores de Trump. Recentemente, em entrevista à rede de TV Fox News, o ex-presidente contou que o papel do aliado no governo seria o de ‘secretário de corte de custos’. No comício realizado pelo republicano no Madison Square Garden, em Nova York, dois dias antes da eleição, o empresário, inclusive, falou abertamente sobre os planos para fazer cortes no Orçamento do governo federal. ‘Vamos tirar o governo das suas costas e do seu bolso. Seu dinheiro está sendo desperdiçado e o Departamento de Eficiência Governamental vai consertar isso’, gabou-se, afirmando que os cortes chegariam aos US$ 2 trilhões – quantia muito maior do que os orçamentos dos Departamentos de Defesa, Educação e Segurança Interna juntos. O Departamento de Eficiência Governamental seria um escritório governamental que o empresário supervisionaria de fora do governo, usando o mesmo bisturi que utilizou para fazer cortes no Twitter depois que comprou a empresa e a renomeou como X. Além disso, o empresário já começou a trabalhar com um copresidente da equipe de transição de Trump, Howard Lutnick, presidente-executivo da empresa de Wall Street Cantor Fitzgerald e um amigo de longa data de Trump.
Fonte: © G1 – Tecnologia