A abordagem da política espacial sob o comando de Trump

Novo governo pode favorecer contratos privados para acelerar a SpaceX em missões interplanetárias com tecnologia-aeroespacial, contratos-espaciais em modelo público-privado, com responsabilidade-maior e foguete-estelar.

Com a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, a sonhada colonização de Marte por Elon Musk, CEO da SpaceX, está na mira do governo federal americano. Fontes disseram à agência Reuters que haverá mudanças significativas no programa de exploração lunar da Nasa e investimentos para impulsionar os planos da SpaceX na área da política-espacial.

A priorização da política-espacial pelo governo de Donald Trump poderá trazer benefícios para a SpaceX, mas não há informações disponíveis sobre os detalhes da política-espacial do governo. Sem informações disponíveis sobre o programa de colonização de Marte da SpaceX sob o governo de Donald Trump, é difícil determinar como a coloniação de Marte seria implementada. Além disso, não há sinônimos para a colonização de Marte que sejam mais precisos para essa discussão.

Revisão dos Planos de Artemis

O programa Artemis, originalmente concebido para explorar a Lua e, posteriormente, o planeta vermelho Marte, está prestes a sofrer uma reorientação significativa sob o comando de Trump. De acordo com informações de quatro fontes próximas à agenda de política-espacial do republicano, o foco da Artemis será redirecionado para Marte, visando missões sem tripulação nesta década. Este redesenho em direção a Marte poderá ser um reflexo da priorização das missões sem tripulação pela Nasa sob o comando de Trump, que provavelmente favorecerá contratos-espaciais de preço fixo e transferirá maior responsabilidade para as empresas privadas, reduzindo assim os programas de orçamento excessivo que sobrecarregaram a Artemis.

O Futuro da Nasa e a Tecnologia-Aeroespacial

A campanha de Trump, que recebeu US$119 milhões em apoio financeiro de Elon Musk, na época um dos principais defensores da expansão da tecnologia-aeroespacial, elevou significativamente a agenda de política-espacial durante a transição presidencial. Em setembro, Trump expressou sua visão futura para a exploração espacial, declarando que a Lua serviria como plataforma de lançamento para seu objetivo mais ambicioso de alcançar Marte. Este momento foi marcado pela elevação da voz de Doug Loverro, consultor do setor espacial e ex-líder da unidade de exploração humana da Nasa, que prometeu um plano mais realista para Marte, com o objetivo de definir o planeta vermelho como um objetivo explícito da política-espacial dos EUA.

Responsabilidade-Maior e Regulamentação

A abordagem de Trump em relação à política-espacial tem sido influenciada pelas ideias de redução da regulamentação governamental e da burocracia, uma visão compartilhada por Musk, o proprietário da SpaceX, Tesla e Neuralink. Esta filosofia de desregulamentação pode ter consequências significativas na Administração Federal de Aviação (FAA), cuja supervisão de lançamentos de foguetes privados tem frustrado Musk, liderando atrasos no desenvolvimento da Starship, uma das principais nave espacial da SpaceX. O objetivo de Musk de pousar a Starship em Marte em 2026 e enviar uma missão tripulada dentro de quatro anos foi recebido com entusiasmo por Trump, demonstrando a aliança compartilhada pela expansão da tecnologia-aeroespacial e a redução da regulamentação governamental.

Desafios e Oportunidades da Expansão Espacial

Com a mudança de direção na política-espacial, sobretudo a concentração em Marte, surgem desafios significativos, incluindo a questão da responsabilidade-maior e a forma como a Nasa pode manter a colaboração pública-privada para apoiar sua missão. Além disso, a redução da burocracia pode ter implicações significativas na forma como a FAA supervisiona os lançamentos de foguetes privados, afetando o desenvolvimento de naves espaciais como a Starship. Neste contexto, a expansão da tecnologia-aeroespacial e a expansão da política-espacial são vistas como oportunidades para impulsionar a exploração espacial, mas também trazem desafios que precisam ser superados para alcançar os objetivos ambiciosos de Trump e da Nasa.

A Nave Starship: Uma Nova Era da Exploração Espacial

A Starship, projetada para ser reutilizável e transportar até 100 pessoas, representa uma nova era na exploração espacial. Com capacidade para transportar até 250 toneladas e uma altura impressionante de 120 metros somando nave e propulsor, a Starship é uma chave para o cumprimento dos objetivos espaciais de Trump e da Nasa. A capacidade de descartar a nave após uma missão, torna-a ainda mais versátil, permitindo que a Starship seja usada em uma variedade de missões, desde a exploração lunar até a colonização de Marte.

Fonte: © G1 – Tecnologia