Sesai no Centro-Oeste abriu a prévia da terceira edição do ‘Saúde Indígena – um SasiSUS para o bem-viver’

Trabalho em seis eixos temáticos por quatro dias sobre saúde indígena, subsidio para alterações em Política Nacional dos Povos Indígenas, com Organizações Parceiras regionais.

A Saúde Indígena é um tema de extrema importância para o bem-estar das comunidades indígenas, sendo fundamental a atenção integral e respeitosa aos seus cuidados de saúde. Além disso, é crucial a implementação de políticas públicas que visem a melhoria da saúde dos Povos Indígenas e a construção de um subsistema de saúde que atenda às suas necessidades específicas.

Por meio do evento, a Sesai visa discutir e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) em relação à atenção de saúde aos Povos Indígenas, ressaltando a importância de um Semiário Saúde Indígena que permita a inclusão de políticas públicas eficazes para a saúde indígena. Além disso, o evento visa também promover a reflexão sobre os desafios enfrentados pelos Povos Indígenas e como estas políticas públicas podem ser implementadas no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena para garantir o bem-estar de suas populações.

Desafios e Perspectivas da Saúde Indígena em Debate

Na região Centro-Oeste do Brasil, o Seminário de Saúde Indígena reunirá especialistas, lideranças e usuários do Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (SasiSUS) em Cuiabá (MT), promovendo uma discussão ampla sobre as especificidades regionais e necessidades da população indígena. Este encontro, organizado em etapas regionais, representa uma oportunidade crucial para abordar questões fundamentais para a Saúde Indígena, como o bem-viver indígena, a importância das terras, culturas e costumes no contexto da saúde física, mental e espiritual.

A realização do seminário em Cuiabá marca uma etapa importante no processo de revisão da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (Pnaspi). O evento contará com a participação de seis Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) da região, destacando a grande população indígena local e reforçando a necessidade de considerar as especificidades regionais para implementar mudanças necessárias na Política Nacional.

A participação de representantes de organizações parceiras, como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Fiocruz, Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Conselho Nacional de Saúde (CNS), e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), reforça a importância da colaboração e coordenação para abordar os desafios da saúde indígena.

A secretária de Gestão Ambiental e Territorial Indígena do Ministério dos Povos Indígenas, Ceiça Pitaguary, ressaltou a importância da realização dos seminários e da consulta aos povos indígenas, destacando a conexão entre o bem-viver e a saúde indígena, e enfatizando a necessidade de se abordar temas como a proteção dos territórios e a segurança como condição essencial para o bem-estar indígena.

O evento contará com cerca de 211 participantes, que se dividirão em grupos para discutir as questões propostas em seis eixos temáticos, incluindo: Articulação dos Sistemas Indígenas de Saúde, Programa Nacional de Saneamento Indígena, Modelo de Atenção e Organização dos Serviços de Saúde, Determinantes Sociais da Saúde, Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, e Controle Social, Gestão Participativa e Financiamento.

O seminário prossegue até quinta-feira (7), oportunizando um debate profundo e amplo sobre os desafios e perspectivas da saúde indígena em uma região diversa e complexa como a Centro-Oeste.

Fonte: @ Ministério da Saúde