Saúde
Rio de Janeiro intensifica mobilização para controle da dengue, zika e chikungunya
Reunião online discutiu estratégias contra arboviroses com gestores e técnicos de vigilância epidemiológica e assistência à saúde, focando em controle-vetorial, medidas-preventivas e insumos-laboratoriais, incluindo método-inovador.
Diante da conjuntura de saúde, o Ministério da Saúde realça a importância da atuação eficaz no combate à transmissão da dengue, zika e chikungunya, todas elas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Com a perspectiva de mitigar os riscos à saúde da população, a entidade enfatiza a necessidade de uma estratégia de combate mais robusta, capaz de abordar os fatores subjacentes à situação.
A mobilização no Rio de Janeiro foi intensificada, com o objetivo de controlo do Aedes aegypti, sendo um passo essencial para prevenir a propagação da dengue, zika e chikungunya. A campanha é direcionada a reduzir o número de incidências e mortalidade, focando em ações de saneamento básico e controle de vetores. Além disso, a entidade destaca a importância da educação da população para o manejo do mosquito, incentivando a eliminação de recursos que servem de alimento e lar para o Aedes aegypti.
Fortalecendo a Saúde Pública em Tempo de Pandemia
Um encontro de alto nível, coordenado pelo secretário adjunto de Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, congregou lideranças em vigilância epidemiológica e assistência à saúde com o objetivo de implementar estratégias inovadoras para reduzir a morbidade e mortalidade associadas às arboviroses, enfatizando a importância do controle dessas doenças. O Rio de Janeiro se destaca nacionalmente com 299.898 casos prováveis de dengue em 2024, um número alarmante que chama a atenção para a necessidade de medidas preventivas imediatas. Destes, 227 casos evoluíram para óbitos, destacando a urgência da ação. Os dados epidemiológicos revelam uma tendência preocupante, com 55% dos casos prováveis correspondendo a indivíduos do sexo feminino e 45% do sexo masculino.
Um Plano de Ação Inovador para a Saúde
O encontro foi centrado na discussão do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em setembro. Este plano, fruto da colaboração entre pesquisadores e profissionais de saúde, visa fortalecer ações em áreas vulneráveis, priorizando a saúde pública em todo o território nacional. O secretário adjunto Rivaldo Cunha enfatizou o compromisso do Ministério da Saúde em apoiar estados e municípios na implementação dessas ações, visando prevenir a necessidade de decretos de emergência.
Inversão de R$ 1,5 Bilhão para a Saúde
Para 2025, o Governo Federal prevê o investimento de R$ 1,5 bilhão em vacinas contra a dengue, insumos laboratoriais para o diagnóstico das arboviroses, recursos para o controle vetorial, campanhas de conscientização e suporte financeiro aos municípios para custear a assistência à saúde. Esses recursos serão distribuídos aos estados de acordo com a demanda, garantindo que a assistência à saúde seja ampla e eficaz.
O Método Wolbachia: Uma Inovação na Saúde Pública
Uma das discussões mais interessantes durante o encontro foi o uso da bactéria Wolbachia como método inovador para o controle das arboviroses. Este método já foi aplicado com sucesso em Niterói, onde houve uma redução significativa dos casos de dengue (69,4%), chikungunya (56,3%) e zika (37%). O projeto, liderado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e financiado pelo Ministério da Saúde, consiste na introdução da bactéria nos ovos de mosquitos Aedes aegypti, que, ao se reproduzirem, transmitem a Wolbachia aos seus filhotes, reduzindo assim a capacidade de transmissão das arboviroses. Esse método é autossustentável, uma vez que a população de mosquitos infectados se estabiliza naturalmente ao longo do tempo.
Fonte: @ Ministério da Saúde