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Finanças

O Abandono de Oportunidades do Governo

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O anúncio do pífio pacote fiscal é uma aula sobre desconstruir expectativas, com sinais de cenários piores, descrentes que afirmam ser pentes-finos em algo, conforme relatório Focus.

O governo é fundamental para guiar essas expectativas e criar um ambiente de estabilidade e confiança para o crescimento econômico. No entanto, quando as expectativas se tornam excessivamente otimistas, pode levar a uma implosão econômica, feita de especulação e inflação. Portanto, é crucial que o governo esteja atento a esses sinais e intervenha de forma apropriada para evitar esses cenários.

Em um cenário de crise econômica, o governo precisa tomar medidas fiscais e monetárias para estabilizar a economia e evitar uma recessão profunda. Isso pode incluir a implementação de um pacto fiscal, que visa equilibrar os gastos públicos e reduzir a dívida pública. Além disso, o governo pode adotar medidas econômicas, como taxas de juros mais baixas e políticas de estímulo, para estimular o crescimento econômico e criar empregos. A política fiscal também desempenha um papel importante nesse processo, pois ajuda a regular a demanda agregada e a prevenir inflação.

Desnecessário Declarar a Alegria, Mas Sim a Desilusão

A demora no anúncio do pacote fiscal, após semanas de negociação e especulações, é uma verdadeira aula sobre como desconstruir as melhores expectativas. Os descrentes afirmam ser as medidas tão ou piores que o esperado, enquanto os que ainda mantinham a fé caíram em desilusão e buscam explicações para a decepção. O governo, ainda assim, sustenta que o pacote espera gerar uma economia em torno de R$ 30 a R$ 40 bilhões ao ano, resultado da redução paulatina no ritmo de crescimento das despesas e dos chamados pentes-finos, algo que o Governo diz já estar fazendo desde que tomou posse. Vale lembrar que os analistas especializados em orçamento público estimavam uma necessidade de R$ 70 bilhões, com um mínimo de R$ 40 bilhões.

A medida de elevação do limite da faixa de isenção de IR para pessoas físicas, de R$ 3.000 para R$ 5.000, foi uma surpresa desagradável, uma clara motivação política que teve o efeito de um Cavalo de Tróia para a economia. Afinal, não faz sentido anunciar uma renúncia de receita no meio de um conjunto de medidas para reduzir despesas. Em um cenário de ansiedade crescente, a impressão é que o Governo talvez tenha desperdiçado sua última chance de colocar a economia numa rota de crescimento sustentável, com inflação em torno da meta e expectativas positivas.

O relatório Focus, publicado no início do ano, indicava inflação em 3,90% no ano, PIB de 1,60%, câmbio de R$ 4,95 e Selic a 9% no final do ano. No último Focus, 29/11, apenas o PIB evoluiu positivamente, para 3,22%. A inflação está acima do teto da meta, em 4,71%, câmbio em R$ 5,70 e Selic em 11,75%. Sobre as boas notícias vindas do PIB e desemprego, há um forte consenso entre analistas de que elas se devem ao forte impulso fiscal promovido pelo Governo. Só neste ano, a relação dívida/PIB já acumula crescimento de 4,2%.

A política monetária, por outro lado, tem sido mais contracionista. A deterioração das expectativas não pode ser imputada exclusivamente ao Governo. Enchentes no Rio Grande do Sul, queimadas no Centro Oeste e aumento do risco Global com as tensões geopolíticas são fatos fora do domínio. No entanto, os princípios da boa gestão nos ensinam que quando o mundo conspira contra, o melhor a fazer é redobrar os esforços no que depende de nós. Mas, quando se parte do diagnóstico errado, fica muito difícil de reparar o dano. E este parece o caso aqui.

O Governo começou a perder a guerra pela credibilidade em abril passado, quando encaminhou Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) em que propôs rever as metas de superavit fiscal de 2025, de 0,5% para 0% do PIB, e de 2026, de 1% para 0,25%. Este fato marcou o primeiro grande choque de reversão de expectativas, advindas da desconfiança sobre o Governo.

Fonte: @ Valor Invest Globo

Olá, sou Felipe Cavalcanti, um redator especializado em cobrir as complexidades do cenário político e econômico. Minha paixão está em analisar os fatos e apresentá-los de forma clara e objetiva para ajudar meus leitores a compreenderem os desdobramentos mais recentes. Gosto de mergulhar em dados e tendências, oferecendo insights sobre o que está por vir e como as decisões políticas podem impactar o nosso futuro. Estou sempre em busca de trazer a notícia com precisão e profundidade.

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