Justiça
Ou você pula da ponte ou eu jogo você: A agressão na blitz para que ao se falar da agressão, a palavra esteja presente
Homem foi preso após filmado jogando outro homem na motocicleta Yamaha, de uma ponte, em um córrego, em uma blitz da polícia, para verificar se o motorista tinha seguro.
Um caso de agressão policial em São Paulo veio à tona, deixando marcas na comunidade e levantando questionamentos sobre a conduta dos agentes públicos. O homem em questão, Marcelo Barbosa Amaral, foi alvo de uma abordagem policial que terminou em uma agressão, quando foi jogado de uma ponte por um policial militar.
Em seu depoimento à Polícia Civil, Marcelo Barbosa Amaral reafirmou sua versão dos fatos, negando ter fugido e sido perseguido pelos policias. Ele também destacou a violência empregada pelo policial militar, que demonstrou um comportamento inadequado. A investigação está em andamento e o caso está sendo monitorado de perto. A comunidade está em alerta, esperando justiça para o caso.
A Agressão Agravada: Polícia, Militar e Motociclista em Conflito
O policial militar Lucas Henrique de Souza, 30, está sob custódia após ser filmado empurrando o jovem, em uma cena que choca. Segundo a Segunda Folha de S.Paulo, a vítima, Amaral, afirmou que estava passando pelo local quando foi parado em um blitz da polícia. Ele disse que se assustou, parou a moto e correu, momento em que, segundo ele, recebeu golpes de cassetete na cabeça e nas costas.
Amaral relatou que o policial que o agrediu o levou pelo colarinho até perto de uma ponte, onde lhe disse: ‘você tem duas opções, ou você pula da ponte ou eu jogo você e a motocicleta’, de acordo com o depoimento. O rapaz respondeu que não era ladrão e que a moto não era roubada. Neste momento, o policial pegou sua perna e o jogou, e Amaral caiu no córrego. Alguns moradores de rua que se encontravam embaixo da ponte ofereceram-lhe ajuda, dizendo: ‘vem aqui e pode fugir por ali’.
Amaral afirmou que pegou uma carona com um carro que passava e foi até uma UPA, onde se sentiu assustado. Moradores da Vila Clara, onde o crime ocorreu, disseram que abordagens violentas de policiais militares são comuns na região e que têm medo de represálias. Eles também disseram que Amaral e sua família deixaram a cidade após a repercussão do caso e que eles moravam em um bairro vizinho, também na zona sul.
O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo decidiu a prisão do policial baseando-se em um fato considerado ‘questionável’: o policial teria ligado para um agente de seguros para perguntar se havia alguma motocicleta roubada sendo rastreada na região. Essa conversa teria desencadeado a operação que resultou na abordagem ao motociclista. O policial disse que, ao iniciar o serviço, contatou um civil que trabalha em uma seguradora para verificar se havia um veículo roubado sendo rastreado na região, e foi informado sobre uma motocicleta Yamaha, o que motivou o deslocamento para sua apreensão.
A decisão de manter a prisão preventiva do policial foi fundamentada em questões de hierarquia, pois ele é um soldado, e no clamor público do caso. O advogado Raul Marcolino, da defesa do soldado, afirmou que a prisão é desnecessária, pois o policial já está sendo punido e penalizado.
Fonte: © Notícias ao Minuto