Finanças
O investidor e a sobrecarga de informações: como lidar com a ansiedade no mercado
Evite tomar decisões apressadas e refletir com profundidade sobrecarga-de-informação, avalanche-de-informações para tom-decisão de tomadores-de-decisão.
Para o investidor que deseja estar sempre atualizado sobre o mercado brasileiro, a economia mundial e suas mudanças é fundamental manter-se informado sobre as últimas notícias e tendências econômicas. Afinal, o mercado financeiro é um campo em constante movimentação. Sendo assim, é crucial ter acesso a informações precisas e atualizadas para tomar decisões bem informadas.
Com a eleição americana atrás de nós e o Real com uma volatilidade cada vez maior, é essencial que o investidor esteja preparado para lidar com o mercado em constante mudança. O pacto fiscal que se discute no Governo também pode influenciar o cenário econômico, trazendo incertezas para quem busca investir com segurança. É fundamental estar atento a essas mudanças para ter uma visão clara do futuro das economias e o mercado financeiro.
Conhecendo a Sobrecarga de Informação
A expressão ‘sobrecarga de informação’ tem seu surgimento atribuído ao cientista social Bertram Myron Gross em 1964. Essa ideia, embora antiga, ganhou um tratamento científico mais aprofundado nos últimos sessenta anos. De acordo com Gross, quando a quantidade de informações que entra em um sistema supera sua capacidade de processamento, os tomadores de decisão enfrentam limitações significativas em seu poder de processamento cognitivo, levando, consequentemente, a uma redução na qualidade das decisões tomadas.
Nesse contexto, muitos investidores têm enfrentado essa situação, especialmente nas semanas recentes, onde os tomadores de decisão, cansados de digerir páginas e páginas de informações em sites, jornais, podcasts e canais do YouTube, encontram-se diante de uma avalanche de informações, sem saber exatamente o que fazer com seu dinheiro, especialmente considerando o tom negativo das notícias. Embora haja um ambiente de incerteza, com muitas nuvens negras no céu, alguns especialistas acreditam que o mercado precisa esperar por sinais mais claros antes de projetar cenários mais confiáveis.
A eleição americana, um dos principais eventos da semana passada, trouxe notícias importantes para a economia global. O candidato Donald Trump, com suas declarações protecionistas, tem potencial para complicar a economia brasileira. Seu discurso sobre a aplicação de tarifas pesadas sobre importações não apenas da China, mas também da Europa, pode aumentar significativamente os preços dos bens e serviços, tornando o mundo mais caro e reduzindo o impulso do comércio internacional.
A seguir, vamos explorar o que está por trás das expectativas dos agentes de mercado. O protecionismo, que vinha crescendo, especialmente durante o mandato anterior de Trump e tendo continuidade com Biden, agora assume uma forma mais agressiva com as promessas de Trump. Aumentar as tarifas pode levar a uma redução significativa nas importações americanas, o que pode resultar na retomada de empregos para os americanos. No entanto, essa retomada pode ter consequências negativas, incluindo aumento dos preços e dos custos dos salários, o que afetará negativamente a economia.
A redução de impostos é outra promessa de Trump, que pode dar um empurrão na renda disponível e no consumo, melhorando o resultado das empresas. No entanto, a situação fiscal americana não é confortável, o que pode pressionar as taxas de juros. A Europa tende a reagir com mais tarifas, o que pressionará os preços e reduzirá o fluxo de comércio mundial.
A combinação de um aumento de inflação com as medidas de protecionismo pode levar os Bancos Centrais de EUA e Europa a apertar suas políticas monetárias, o que pode resultar em uma elevação nas taxas de juros, afetando negativamente a economia global.
Fonte: @ Valor Invest Globo